Eduardo Fauzi  - Divulgação
Eduardo Fauzi Divulgação
Por O Dia
Rio - Foragido desde terça-feira, Eduardo Fauzi Richard Cerquise disse que foi avisado com antecedência sobre a expedição de um mandado de prisão contra ele, em entrevista concedida ao "Projeto Colabora" publicada nesta sexta-feira. Ao portal, o empresário assumiu a autoria do ataque à sede da produtora porta dos Fundos, no Humaitá, Zona Sul do Rio. 
Na Rússia, para onde viajou no dia 29 de dezembro, Fauzi afirmou ainda que vai pedir asilo político no país.  “Eu sou o candidato típico. Mas a decisão é política. Se não houver interesse político eles não me não me asilam", disse ao portal. 
Publicidade
Eduardo Fauzi é considerado foragido desde terça-feira. Na ocasião, ele foi alvo de uma operação policial. Agentes fizeram buscas em dois endereços comerciais e dois residenciais, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, Engenho Novo, na Zona Norte, e no Centro da cidade.
Na casa do empresário na Barra, os policiais apreenderam R$ 119 mil, munição, uma arma falsa, computador e uma camisa de entidade filosófica e política.
Publicidade
De acordo com a Polícia Civil, Eduardo foi identificado por câmeras de segurança após retirar o capuz momentos após o ataque. Os agentes utilizaram imagens de mais de 50 câmeras de segurança para identificar o suspeito.


Crime na véspera do Natal
O ataque contra a sede da produtora do Porta dos Fundos aconteceu na véspera do Natal, na última terça-feira, quando quatro homens atiraram coquetéis molotov no condomínio, que fica no Humaitá, na Zona Sul do Rio.
O acusado agrediu o secretário de Ordem Pública do Município, Alex Costa, em 2013. Ele tem outras 20 anotações criminais por ameaça e agressão.
A Polícia pede que informações sobre o paradeiro de Eduardo Fauzi sejam denunciadas pelos seguintes canais: Whatsapp do Portal dos Procurados (21) 98849-6099; pelo Facebook: https://www.facebook.com/procuradosrj/, pela mesa de atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, ou pelo Aplicativo para celular do Disque-Denuncia.
Publicidade
O ataque

A autoria do ataque foi reivindicada no dia seguinte por um grupo autointitulado "Comando de Insurgência Popular Nacionalista". Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, três pessoas encapuzadas lançaram um comunicado assumindo o crime.

"Reivindicamos a ação direta revolucionária que busca justificar os anseios de todo povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica que o grupo de militantes marxistas culturais Porta dos Fundos tomou quando produziu o seu Especial de Natal a mando da corporação bilionária Netflix, deixando claro para todo o povo brasileiro mais uma vez, como o grande capital anda de mãos dadas com os ditos socialistas", anunciaram.

Na ocasião, o incêndio provocado pelos coquetéis foi controlado por seguranças que estavam no local e ninguém ficou ferido.