Saiba como se prevenir de riscos com crianças nas praias
Areia contaminada e cachorros são algumas das preocupações de quem vai se divertir com os pequenos
Por Bernardo Costa
Opções de diversão das mais procuradas no verão, as praias podem representar risco para banhistas. O caso do jovem de 17 anos internado no Hospital Miguel Couto, no sábado, após quase se afogar em Maricá — ele brincava enterrado na areia quando foi surpreendido por uma onda — reforçou a necessidade de alerta a pais e responsáveis. O quadro de saúde do jovem, que foi socorrido em estado grave, é estável. Ontem, o Corpo de Bombeiros negou a informação de que o rapaz tivesse sido enterrado de cabeça para baixo.
"Às vezes, algo inofensivo pode trazer perigo, e uma brincadeira na areia pode resultar em corte ou contaminação. Não tiro os olhos dos meus filhos", contou a dona de casa Cristiane Almeida, que ontem aproveitou a praia com os filhos no Arpoador, na Zona Sul.
A presença de cachorros, para ela, é outro motivo de preocupação, compartilhada também pelo jornalista Carlos Albuquerque, que curtia a praia com a filha pequena: "O pior é que as crianças gostam. Elas podem se aproximar, mas não sabemos a reação do animal". Para a agente de segurança Fabiana Dantas, o risco da criança se perder é o que mais assusta: "É muita gente. Em um segundo de descuido, posso perder minha filha de vista".
Bandeira roxa: alerta para animais marinhos
Uma novidade na sinalização aos banhistas chama atenção: a bandeira roxa do Corpo de Bombeiros com o alerta 'animais marinhos'. Segundo um guarda-vidas, a informação refere-se à presença de águas-vivas, tartarugas marinhas e arraias. Ontem, havia uma bandeira roxa no Arpoador.
"A orientação é não mexer nos animais, que, no caso das arraias, podem reagir e acabar ferindo alguém", disse o guarda-vidas.
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Marcos Neres, que brincava com a filha de 6 anos, percebeu a ocorrência das águas-vivas: "Logo falei para ela não encostar". Além da roxa, a bandeira verde sinaliza baixo risco de afogamento; amarela, risco médio; e vermelha, alto risco.
Bombeiros e Guarda Municipal: orientações
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O Corpo de Bombeiros orienta pais e responsáveis a identificarem as crianças nas praias, com nome e telefone de parentes para contato. A Guarda Municipal acrescenta que distribui pulseiras impermeáveis em tendas do Grupamento Especial de Praia e Marítimo (GPM), para ajudar na identificação dos pequenos.
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Outra recomendação é não confiar em boias de segurança e não superestimar a capacidade de nadar das crianças. Caso saibam e pretendam nadar, a orientação é praticar a atividade paralelamente à areia.
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Os bombeiros indicam que os pais procurem ficar com seus filhos próximo aos postos de guarda-vidas, e longe de áreas frequentadas por surfistas, para evitar acidentes com a prancha.
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Segundo a Guarda Municipal, é importante que os pais combinem um ponto de encontro com as crianças caso se percam. O ideal, acrescenta a corporação, é que o local combinado fique fora da areia: pode ser um quiosque no calçadão ou em frente a algum prédio com características peculiares.
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A Guarda Municipal indica que os pais orientem as crianças a procurar agentes de segurança (guardas, policiais militares ou bombeiros) caso se percam, e que mostrem a elas como identificar esses profissionais.