Familiares da vítima chegaram no Instituto Médico Legal (IML) de São Cristóvão, por volta das 10h30 desta segunda-feira, para liberar o corpo de Henrique Negão, como era conhecido. Eles disseram que o promotor era muito querido e que não tinha inimigos.
"Não temos como falar o que aconteceu, porque a gente realmente não sabe direito. Ele estava saindo de casa para ir para o ensaio. Nos disseram que levaram o celular dele e que a carteira dele também não foi encontrada”, disse o sobrinho de Henrique, o vigilante Felipe Marques, de 33 anos.
O rapaz também fez um desabafo sobre a insegurança no Rio de Janeiro. "A gente vive numa cidade violenta, onde um celular vale mais que uma vida", declarou o vigilante.
Vivia para o samba
Henrique Negão estava com 44 anos e 30 deles foram dedicados à Mocidade. “Toda nossa família tem uma relação muito forte com a escola. É a nossa comunidade. Meu tio vivia para a escola, amava samba, já chegou a ser da bateria. Essa época do carnaval era a que ele mais esperava”, contou Felipe Marques.
O promotor era casado e deixa uma filha de apenas um ano, que, segundo os parentes, era o amor da vida dele.
"Ele foi pai mais velho, então ela era o xodó dele. A esposa dele está super abalada e por isso não pode estar aqui (no IML). Ela está sob efeito de remédios", disse o sobrinho.
O velório de Henrique Negão acontecerá na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e o enterro acontecerá na terça-feira, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. No entanto, os horários de velório e sepultamento ainda não foram confirmados.