A crise no abastecimento de água do Rio de Janeiro foi marcada ontem pela exoneração do diretor de Saneamento e Grande Operação, Marcos Chimelli, da Cedae. A empresa não revelou o motivo do afastamento, informando apenas que Carlos Braz é o substituto.
O ex e o atual chefe da Estação de Tratamento do Guandu, Júlio Cesar Antunes e Pedro Ortolano, respectivamente, e o coordenador de Operação de Tratamento da Cedae, Wellis Rodrigo da Silva Costa, prestaram depoimento à Polícia Civil ontem sobre a investigação da qualidade da água. Eles foram ouvidos na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), na Cidade da Polícia, no Jacaré.
Agentes da delegacia voltaram à estação de tratamento, em Nova Iguaçu, para continuar as investigações do caso. A especializada investiga um possível envolvimento criminoso de funcionários ou de terceiros que possa ter contribuído para alterar a qualidade da água.
O presidente da companhia, Hélio Cabral, garantiu que, a partir da próxima semana, a água da Estação de Tratamento do Guandu não terá mais a geosmina, substância produzida por algas e que tem mudado o gosto e a cor da água. Hélio Cabral voltou a afirmar que a água captada e distribuída à população não oferece riscos à saúde.
Desconto na conta
Uma informação sobre a possibilidade de a Cedae dar um desconto na conta de água agitou, também, as redes sociais. A companhia, no entanto, não se posicionou sobre o assunto. O Procon-RJ orienta que os consumidores guardem provas, caso desejem formalizar reclamações.