O nascimento de 39 tartarugas-cabeçudas na última sexta-feira, na Barra da Tijuca, ficará eternizado nas areias da praia da Zona Oeste. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente pretende instalar no local uma placa com fotos e curiosidades, além da história de sobrevivência da espécie. Afinal, a desova não é comum no Rio, mas no Norte Fluminense. A cerca que protegia o ninho será desinstalada hoje, uma vez que a 'família' já voltou para o mar.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Bernardo Egas, ainda não há data para a instalação da placa. "Mas vamos aproveitar o momento para ensinar as crianças e relembrar os adultos como é importante cuidar do meio ambiente. Embora não seja comum essas tartarugas colocarem seus ovos por aqui, o fato indica que as condições estavam propícias", contou.
O ninho, com 139 ovos, foi identificado em novembro passado e monitorado diariamente por biólogos do Projeto Aruanã, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo a bióloga Suzana Guimarães, coordenadora do Projeto Aruanã, o final do ano é o auge da temporada de desova da tartaruga-cabeçuda no Norte Fluminense. "Mas essa fêmea, em rota migratória, acabou fazendo um ninho na cidade do Rio, provavelmente porque parte dos ovos já estavam maduros durante sua jornada", informou.