As chamas atingiram os dois andares do imóvel: mulher está internada - Reprodução / Internet
As chamas atingiram os dois andares do imóvel: mulher está internadaReprodução / Internet
Por O Dia

A Polícia Civil pediu ontem a prisão preventiva de Fernando Evangelista, de 36 anos, acusado de atear fogo em casa, em Paraty, na Costa Verde do Rio, causando a morte de seus três enteados, de 4, 5 e 7 anos de idade. O suspeito foi encaminhado para a Cadeia Pública Franz Castro, em Volta Redonda, e deve participar hoje de audiência de custódia.

Segundo o delegado Marcelo Russo, da 167ª DP (Paraty), Fernando Evangelista teria passado a noite consumindo bebidas alcoólicas com a mãe das vítimas, de 25 anos. Ele também teria confidenciado a vizinhos que não gostava dos enteados, identificados como Marya Alice de Almeida Santos da Conceição, de 4 anos, Cauã de Almeida Santos da Conceição, de 5, e Marya Clara de Almeida Santos, de 7. Todos foram socorridos, mas só a mãe resistiu. Ela está internada no Hospital Municipal de Praia Brava, em estado grave.

"As investigações indicam um comportamento possessivo em relação à mulher. Não queria dividir as atenções dela com mais ninguém, nem mesmo as crianças", disse o delegado. 

Fernando está sendo acusado por três homicídios, uma tentativa de feminicídio e pelo crime de incêndio. Segundo o delegado, caso seja condenado pelos crimes, o acusado pode pegar mais de 100 anos de prisão.

A Polícia Civil afirma ter indícios suficientes para confirmar que os crimes foram cometidos por Fernando, que não confessou. Em primeiro momento, ele disse que um dos enteados ateou fogo em um colchão. Mas, segundo o delegado, a versão foi descartada. "Ele deixou a mulher no banheiro para evitar que ela ajudasse as crianças. Para nós, está clara a responsabilidade dele pelo incêndio", conta Marcelo Russo.  

Fernando já tinha passagem pela polícia por crime de depositário infiel, que é quando o autor fica responsável por bem ou quantia de terceiros e permite que esse material seja vendido, roubado ou se perca. O caso foi registrado em São Paulo.

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