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“Muita gente só tomou uma dose da vacina. Na dúvida [se tomou ou não as duas doses], o ideal é que procure um posto de vacinação. O profissional de saúde vai poder fazer a avaliação e, na maioria dos casos, vai aplicar a vacina, porque a recomendação é que, se a gente não tem certeza ou se perdeu a caderneta de vacinação, que aplique a vacina novamente”, disse Chieppe.
Neste sábado (1º), postos de saúde e pontos de vacinação nos 92 municípios fluminenses estão aplicando vacinas no chamado Dia D contra o Sarampo, para evitar a ocorrência de um surto como o do ano passado. As autoridades sanitárias do estado temem que a doença possa atingir até 10 mil pessoas neste ano no Rio de Janeiro.
A campanha estadual, que começou em janeiro, deve se estender até 23 de março. O município que, assim como o resto do estado, iniciou em janeiro sua campanha de vacinação, também aderiu ao Dia D, com a abertura de 233 postos de saúde e mais 100 pontos de imunização, que ficarão abertos até as 17h.
Na campanha municipal, 30 mil pessoas já se vacinaram. A previsão é chegar ao fim do dia de hoje com 45 mil pessoas imunizadas. Segundo a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, a imunização contra o sarampo é permanente.
“A campanha não vai parar. A gente vai continuar vacinando até que o sarampo esteja afastado. A gente está num surto ativo, o que significa que toda a cidade está vulnerável. É o momento de maior vigilância, estamos chegando no carnaval, as crianças voltarão às aulas. São situações de aglomeração de pessoas”, disse.
Luciany Brum foi até o Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio, para se vacinar com suas sobrinhas. “Aproveitei a oportunidade, vi a propaganda pela internet e resolvi tomar. Eu nunca tomei. Uma das minhas sobrinhas também nunca tomou e a outra não sabe”, disse.
Público-alvo
A campanha atual é para as crianças que não tomaram as duas doses e para aquelas que têm entre seis meses e um ano de idade e que, portanto, ainda não tomaram a primeira dose. Para essas crianças, é dada uma chamada “dose zero”, que depois será complementada pelas duas doses normais da vacina.
“Na dúvida, leve a criança num posto de vacinação, com a caderneta. Às vezes, não precisa do sarampo, mas pode precisar de alguma outra vacina que eventualmente possa estar faltando”, explicou.
Já para as pessoas com mais de 59 anos de idade, Chieppe disse que a vacina não é recomendada, mas pode ser aplicada. Casos específicos podem ser analisados por um profissional de saúde.