Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta - AFP
Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique MandettaAFP
Por O Dia

O ministro Luiz Henrique Mandetta decretou ontem estado de emergência de saúde pública no Brasil em decorrência do coronavírus. A medida foi tomada mesmo sem nenhuma confirmação da doença em território nacional. Antes, o país estava em estágio de perigo iminente. O último balanço do Ministério da Saúde registrou 14 suspeitas da moléstia, uma delas no Estado do Rio.

O estado de emergência será adotado de forma preventiva para dar mais agilidade administrativa ao governo para contratações de equipamentos de segurança, como máscaras e luvas para agentes de saúde, além de começar o treinamento de agentes da Fiocruz para lidar com o coronavírus. O Ministério da Saúde pretende ainda acelerar a retirada de brasileiros que estão na região de Wuhan, na China, principal foco da doença.

Para receber os brasileiros de Wuhan, o ministro Mandetta começou a preparar uma medida provisória para alterar as regras para a quarentena no Brasil. Ele afirmou que a MP seria aprovada ainda na noite de ontem. A proposta pretende garantir 18 dias de quarentena, mas não há confirmação do local em que os pacientes devem ser isolados.

Coronavírus no Rio

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio anunciou ontem plano de contingência para lidar com o coronavírus. O estado vai apoiar os gestores municipais no combate a um possível surto da doença, além de dedicar alguns hospitais da rede estadual para acompanhar os casos suspeitos. A pasta também monitora portos e aeroportos para a chegada de passageiros vindos da China.  

O plano de contingência do município do Rio será apresentado na próxima quinta-feira, dia 6. A Prefeitura do Rio adianta que o município pretende conceder 120 leitos extras para pacientes suspeitos de coronavírus. 

Retorno de brasileiros de Wuhan
Publicidade
Desde o começo do surto na região de Wuhan, na China, o governo federal analisa a possibilidade de repatriar os brasileiros em quarentena naquele país. O Ministério da Saúde informou ontem que a volta dessas pessoas será orientada a partir de uma decisão do Ministério das Relações Exteriores e, portanto, ainda não apresentou data para o retorno. 
Depois de aprovada a repatriação, o Ministério da Defesa deve analisar como trazer os brasileiros em segurança e enviar agentes de saúde à China para examinar caso a caso — eles serão separados conforme sintomas apresentados. Em seguida, eles serão observados pelo Ministério da Saúde em bases militares ainda não definidas. No Brasil, durante quarentena, devem ficar em quartos individuais.
Publicidade
No total, 55 brasileiros moram em Wuhan, mas, segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, apenas 44 desejam retornar ao Brasil. Todos voltarão para o país no mesmo avião, mas respeitando a regra do Ministério da Saúde de não transportar pacientes com sintomas.
Você pode gostar
Comentários