Teto solar conta com mais de 1.700 painéis fotovoltaicos e o investimento pode gerar mais de R$60 milhões em economia em 25 anos  - Divulgação/Vento Sul Engenharia
Teto solar conta com mais de 1.700 painéis fotovoltaicos e o investimento pode gerar mais de R$60 milhões em economia em 25 anos Divulgação/Vento Sul Engenharia
Por *Rachel Siston
Rio - Patrimônio Imaterial do Estado do Rio desde 2018, o Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, está se destacando cada vez mais por seu foco na economia ecologicamente correta. Depois de adotar medidas para reaproveitamento de água e estimular a reciclagem, este mês o centro comercial passou a contar com um teto solar de 3.500 m², em uma área onde havia apenas um telhado para proteção da chuva.

As 1.759 placas solares têm potência para projetar 677.215 quilowatt pico (kwp) e o investimento de R$ 3 milhões do Mercadão pode gerar uma economia de mais de R$ 60 milhões em 25 anos. O CEO da Vento Sul Engenharia, Daniel Tolentino, responsável pela instalação dos painéis, explica as vantagens da energia solar.

“A energia solar é uma forma limpa, porque não produz resíduos poluentes e gases de efeito estufa. Ela é sustentável porque é gerada por um processo natural que se repõe constantemente, diferentemente das hidrelétricas, que precisam inundar áreas quilométricas e destroem o ecossistema de um lugar”, explicou Tolentino.

A estrutura é uma das maiores da cidade do Rio e precisou do trabalho de aproximadamente 30 profissionais durante quatro meses. Entretanto, a instalação dos painéis fotovoltaicos não foi a primeira medida sustentável adotada pelo Mercadão de Madureira, que em 2009 recebeu prêmio de Mérito Ambiental do Museu Histórico do Exército, pelo projeto de reutilização de água da chuva.

Além disso, o estabelecimento realiza o tratamento primário de efluentes e retém resíduos sólidos que são recolhidos e transportados para a estação de tratamento da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, no Caju, Zona Portuária do Rio, e a parte líquida semi tratada é devolvida à natureza. Papel e papelão do mercado são recolhidos, prensados e enviados para reciclagem. 

“É possível ter lucro sendo ecologicamente correto. Quando se fala de meio ambiente, as empresas já pensam no gasto, mas eu já vejo como economia. Com o painel, economizamos em energia elétrica, com o recolhimento do óleo e de material reciclável, não precisamos gastar dinheiro com ninguém para recolher, já economizamos R$ 23 mil reutilizando água. A gente economiza e ainda colabora com o meio ambiente”, afirmou o síndico e vice-presidente da Associação do Mercadão, Antônio Tanque.
*estagiária sob a supervisão de Gustavo Ribeiro
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Reúso do óleo de cozinha
O Mercadão também recolhe óleo de cozinha das lojas e consumidores. O material até há alguns anos era descartado diretamente nas pias de empresas e residências. Agora, há muitos postos e serviços de porta em porta para o recolhimento do líquido. É que jogar o óleo diretamente no ralos entope as tubulações e contamina a água. 
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De lixo, agora o óleo usado e pronto para descarte é visto, cada vez mais, como matéria-prima para sabão e outros produtos.
SABÃO CASEIRO
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Para fazer uma receita com cinco litros de óleo de cozinha usado, é preciso ter dois litros de água limpa, 200 mililitros de amaciante e 1kg de soda cáustica em escama.
Com cuidado, para não lesionar a pele nem mucosas, coloque a soda no fundo de um balde e acrescente a água fervendo. Mexa até diluir todos os pedaços, adicione o óleo e mexa. Por último, acrescente o amaciante e mexa novamente. Despeje numa forma, espere secar e corte o sabão em barras. 
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