Pedestres atravessam a linha férrea arriscando a própria segurança - Aline Cavalcante
Pedestres atravessam a linha férrea arriscando a própria segurançaAline Cavalcante
Por Aline Cavalcante

Prédio público abandonado, lixo e insegurança. Essas são alguns dos problemas enfrentados por quem vive no Bairro da Luz, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Fechado desde novembro de 2017, o CIAM (Centro Integrado de Atendimento à Mulher da Baixada Fluminense) virou ponto de consumo de drogas. Em 2018, voluntários e profissionais de uma ONG chegaram a revitalizar o prédio e o entorno, mas atualmente o cenário é de abandono. Cheia de mato e sujeira, as paredes estão pichadas e as janelas e portas estão quebradas e algumas foram roubadas, segundo moradores.

"Muita coisa que tinha aí dentro foi roubada. É comum as pessoas fazerem uso de drogas aí e moradores de rua se abrigarem. Está abandonado, cheio de mato, um risco pra gente que mora aqui. Ficamos inseguro por conta da escuridão e da possibilidade de assalto", contou um morador que não quis se identificar.

Na calçada, outro problema. Um bueiro sem tampa oferece risco para pedestres. "Está há um tempo assim. A qualquer momento alguém pode cair e se machucar feio", disse Ana Maria Torres, 47.

Outro problema, também na Rua Bernardino de Melo, um terreno baldio está cheio de lixo. Uma montanha de entulho invade a calçada. O mau cheiro e a quantidade de insetos tem incomodado os moradores.

"É muito lixo e muita sujeira. Às vezes é tanto lixo que atrapalha a passar na calçada. O cheiro às vezes é insuportável".

Ainda na Rua Bernardino de Melo uma passagem foi aberta na linha férrea para travessia de pedestres. Sem qualquer sinalização, as pessoas passam de um lado para o outro alheio aos riscos. "Poderia ter um sinal ou uma cancela porque é perigoso. A passarela que tem é distante", afirma a dona de casa Maria do Rosário Lima, 62.

RESPOSTAS

Sobre a construção de passarelas e sinalização na linha férrea, a Prefeitura de Nova Iguaçu disse que é de competência da Supervia. Já a Supervia, disse que é responsável por operar e administrar o sistema ferroviário de passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e não tem entre as suas atribuições a responsabilidade da construção e manutenção de viadutos, passarelas ou passagens subterrâneas que cruzam a linha férrea. A concessionária alertou que pedestres não transitem na via férrea para evitar acidentes.

Sobre o bueiro aberto na calçada do CIAM, a prefeitura afirmou que uma equipe da Secretaria Municipal de Serviços Públicos fará uma vistoria no local e providenciará o reparo.

Com relação ao lixo, a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb) disse que faz, regularmente, a coleta no local e esclareceu que o serviço é feito pela manhã, de segunda a sábado, e também à noite, três vezes por semana.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos afirmou que está tomando as providências para recuperar o espaço onde funcionava o CIAM. E informou que são realizadas inspeções periódicas no local visando à conservação do local. Além disso, afirmou que, tenta, junto à Defensoria Pública do Estado, um acordo para estabelecer a reocupação total do espaço e expansão dos serviços.

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