O primeiro dia de aula na rede pública estadual, ontem, já deu uma pequena mostra do que poderá vir neste ano letivo. Se já não bastasse a água com gosto de terra, que continua a provocar transtornos na rotina dos colégios, pais e alunos ainda se depararam com o início da greve dos professores. Entre as reivindicações dos docentes estão reajuste de salários, fim das terceirizações e realização imediata de concurso público.
Pai de Maria Fernanda, aluna do Colégio Estadual Júlia Kubitschek, Ângelo Loureiro apoia a causa dos professores, porém, sente receio em relação ao restante do ano. "Se esses políticos não investirem em em Educação, nossos filhos serão o quê? Tem que cortar esse monte de auxílios que eles recebem e melhorar o salários dos professores", disse.
Nesse dia, além dos sindicatos e centrais trabalhistas, entidades ligadas ao setor educacional prometem paralisação por 24 horas para realizar um protesto nas capitais e em várias cidades do país. O objetivo principal é defender o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Contratação de professores
Cerca de 700 mil alunos foram matriculados em todo o estado. E apesar do grande número, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) diz "estar preparada para evitar a carência de profissionais que a atual gestão encontrou no início de 2019". Segundo a pasta, mais de 13 mil professores com carga horária disponível para receber Gratificações por Lotação Prioritária (GLPs), foram cadastrados este ano.