Detalhe do carro alegórico da Vermelha e Branca e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, José Roberto e Alcione Carvalho  - fotos Fabio Costa
Detalhe do carro alegórico da Vermelha e Branca e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, José Roberto e Alcione Carvalho fotos Fabio Costa
Por Luana Dandara

A Estácio de Sá volta ao Grupo Especial e aposta na tradição para se destacar na Marquês de Sapucaí — agremiação estava há três anos na Série A. Para tanto, a primeira escola de samba do Brasil terá desfile assinado pela carnavalesca Rosa Magalhães, que celebra 50 anos de carreira. Já no posto de porta-bandeira, Alcione Carvalho, que está há 12 anos na Vermelha e Branca.

De acordo com Rosa Magalhães, o enredo, batizado de 'Pedra', acompanha diferentes momentos históricos em que a pedra foi protagonista. "Minha inspiração foi o poema de Carlos Drummond de Andrade. Será um trajeto que vai desde a pedra como o local das memórias passadas, de inscrições rupestres, até a pedra da lua", explica.

No abre-alas, que ostenta a tradicional figura do leão, símbolo da Estácio, cerca de oito fósseis prometem chamar a atenção do público. No quarto setor, uma alegoria com 70 componentes vai relembrar Serra Pelada, no Pará, que se tornou o maior garimpo a céu aberto do mundo e gerou imenso prejuízo ambiental para a região. "Vamos fazer um alerta pela preservação não só da natureza, mas da nossa história", destaca a carnavalesca.

50 anos de carreira

A professora Rosa Magalhães entrou para o mundo do samba em 1970 e acumula oito campeonatos. Na Estácio, trabalhou de 1987 a 1989. "Nunca pensei que chegaria a tanto tempo no Carnaval. Fico feliz de ter conseguido acompanhar as mudanças. Já fiz desfile com apenas três alegorias", lembra.

Você pode gostar
Comentários