Até o momento, o grupo pode ter feito cerca de 500 vítimas, entre servidores públicos civis e militares. Ainda de acordo com a PF, o golpe era aplicado tanto em funcionários da ativa como em aposentados.
Em entrevista coletiva, Costa disse que os investigadores ainda procuram saber como a rede tem acesso às informações pessoais dos servidores.
Segudo ele, os participantes do esquema são ex-vendedores, ex-supervisores ou ex-gerentes que se destacaram por atingir elevadas comissões. Ao demonstrar bom desempenho, eles se tornaram proprietários de empresas semelhantes, adotando cartela de serviços e abordagem idênticas àquelas em que trabalhavam.
Uma das empresas, filial de outra localizada no Rio de Janeiro, atua desde abril de 2018, em São Paulo, segundo as investigações. Já a outra empresa entrou em atividade em agosto de 2019.
"O modelo de negócio praticado foi concebido pelo administrador da empresa controladora sediada no Rio de Janeiro e envolveu a criação de inúmeras promotoras de vendas de empréstimos consignados, inicialmente em nome de parentes e, posteriormente, em nome de laranjas ou consultores de venda que se destacaram na atividade", diz nota da polícia.
Além dos mandados de busca e apreensão, a PF requereu à Justiça autorização para deter os suspeitos de chefiar o esquema, mas o pedido foi negado.
Os investigados podem responder por operar instituição financeira sem permissão do Banco Central, por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O delegado lembrou que, caso haja dúvidas sobre quais organizações podem, de fato, exercer tais atividades legalmente, pode-se consultar as listas divulgadas no site do Banco Central e da Junta Comercial de SP.