Por O Dia

Os guardas municipais do Rio começaram hoje uma greve em pleno Carnaval carioca. A categoria reivindica o cumprimento das promoções previstas no plano de carreira, o reajuste do ticket-alimentação (que tem o mesmo valor de R$ 360 desde 2012) e a convocação de cerca de 1.500 concursados de 2012.

O primeiro ato ocorreu às 8h, em frente ao Hemorio, no Centro. Os agentes optaram por se manifestar realizando uma doação de sangue em massa com o objetivo de chamar a atenção, de maneira pacífica e solidária, para suas reivindicações.

De acordo com a Associação Frente Manifestante, representante dos guardas municipais, a ação voluntária poderá ser realizada até a terça-feira de Carnaval. Até 10h, o balanço parcial era de que 200 guardas municipais do Rio já tinham comparecido ao Hemorio para realizar a doação de sangue.

A Subtran, departamento de trânsito, aguardava que 265 guardas municipais se apresentassem às 6h deste sábado. Porém, 238 faltaram e somente 27 marcaram presença.

Em nota, o comando da Guarda Municipal informou que o movimento Frente Manifestante, que decretou a greve, não é uma entidade sindical e não representa a maioria do efetivo.

Além disso, o órgão afirma que "não mede esforços para atender aos pleitos da categoria e informa que alguns deles, como a regulamentação das escalas de trabalho, a reestruturação do regime de cotas extras, a implantação do programa Minha Casa, Meu Guarda, e o reajuste salarial do funcionalismo em 8,17%, já foram implementados". 

Por fim, a corporação lembrou que os guardas municipais "sabem da importância das ações da instituição nas ruas durante o período de carnaval no Rio, um dos momentos em que a cidade mais precisa dos agentes."

O Sisep Rio, única entidade sindical que representa os servidores públicos do Município do Rio de Janeiro, em especial os guardas municipais, também soltou uma nota. E informou que o movimento dos guardas é formado por um pequeno grupo e que não chega a 3% do total da categoria, que totaliza cerca de 7500 servidores da Guarda Municipal do Rio.

Rodrigo, presidente da Associação Frente Manifestante, comentou sobre a nota do Sisep Rio. "Eles não têm legitimidade nenhuma para falar do assunto. Eles não participaram de nenhuma das três assembleias que realizamos. O que legitima é a frota, é a nossa categoria", afirmou. 

Os guardas municipais atuaram pela manhã em cinco ocorrências de furto, tentativa de furto e tráfico de drogas na Zona Sul do Rio.

Reportagem do estagiário Felipe Gavinho, sob supervisão de Bete Nogueira

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