
"Era meu amigo há 15 anos. Mais um membro da família que sofre essa covardia, que a gente não sabe onde isso vai acabar. Essa briga de família que o Rio de Janeiro sabe de onde vem e, infelizmente, a justiça e a polícia não estão conseguindo solucionar esses crimes. Alguém tem interesse nisso. Não sei quem é, quem tem que solucionar é a polícia", falou.

A família Garcia é apontada pela polícia como chefe do jogo do bicho no Rio. O patrimônio que começou a ser construído por Waldomiro Garcia, o Miro, patriarca da família, seria o verdadeiro pivô da guerra familiar. Os bens do bicheiro estão avaliados em cerca de R$ 25 milhões.
Bid foi morto com quarente tiros quando chegava em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na madrugada de terça-feira. Ele voltava da Marques de Sapucaí, após aproveitar o segundo dia de desfiles das escolas de samba do grupo especial.
"Domingo a gente passou juntos. Entramos na frente da escola na avenida, ele não desfilou com camisa de diretoria, mas veio à frente da escola, prestigiando. Não temos briga no Salgueiro, a gente respeita o atual presidente, o André, a gente ama a escola independente de quem esteja a frente dela. A família Garcia sempre apoiou a escola, todo mundo sabe disso. Ele ficou com a gente no camarote, foi também no camarote King, ficou rindo, brincando, ele estava com a credencial, então rodou tudo, foi em mais de um camarote", disse.
A guerra na família Garcia começou após o assassinato de Waldemir Paes Garcia, o Maninho, em 2004. Desde então, se iniciou uma disputa pelo controle dos pontos de jogo do bicho no estado do Rio.
Sete anos depois, a vítima foi seu genro José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal. Na época marido de Shanna, ele era suspeito de ser o responsável pelo controle de máquinas de caça-níqueis na Zona Sul.
Em 2017, o filho de Maninho e irmão de Shanna, Myro Garcia foi assassinado ao tentar fugir de sequestradores, após o seu resgate ser pago. O jovem ficou em cárcere privado por dois dias e os criminosos exigiam uma recompensa de R$ 100 mil para libertá-lo.