Comissão da Alerj defende unificação de ações que beneficiam moradores em situação de rua  - Divulgação
Comissão da Alerj defende unificação de ações que beneficiam moradores em situação de rua Divulgação
Por O Dia
Rio - Presidente da Comissão Especial de Pessoas em Situação de Rua, da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), o deputado Danniel Librelon (PRB) defendeu a unificação dos trabalhos das autoridades dos municípios e do Rio para solucionar os problemas referentes aos moradores de rua, durante a 4ª audiência pública da comissão, realizada nesta quarta-feira, no Palácio Tiradentes.
O parlamentar acrescentou, ainda, que desde o início deste ano está sendo realizado um censo na esfera municipal - por meio do Instituto Pereira Passos - para traçar o perfil exato dessa população, mas destacou a importância de um estudo mais apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Temos todos que unir forças, legislativo, municípios e estado, para desenvolver um trabalho amplo que de fato beneficie essas pessoas que têm sofrido tanto em nosso estado”, destacou Librelon.

O deputado sinalizou também com a possibilidade de abrir espaço para que voluntários possam atuar junto ao poder público. “Vamos dar uma oportunidade para que essas pessoas participem de ações com órgãos competentes como as secretárias de Saúde, Desenvolvimento Social, da Segurança Pública, entre outras. Mas esses voluntários precisam de um direcionamento e orientações do poder público. O voluntariado é um braço forte para o sucesso dessa ação”, ressaltou o parlamentar.

Presente na audiência pública, a coordenadora de Saúde da População em Situação de Rua da Secretaria Estadual de Saúde, Teodora Rufino, afirmou que a pasta pretende ampliar a ação das equipes multidisciplinares, compostas de diversos tipos de profissionais, entre eles enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais que atuam com essa população. Os trabalhos são realizados através de consultórios itinerantes nas ruas e em unidades de saúde específicas.

“Temos no estado atualmente 21 equipes e no município do Rio, sete. A ampliação é fundamental, tendo em vista o crescimento frequente dos moradores em situação de rua, não só no Rio, mas no país como um todo, principalmente pelas questões sócio-econômicas. Precisamos ainda pensar em políticas de moradia, porque quem mora na rua, quer sair da rua sim. Essas pessoas também precisam de qualificação profissional e retirada de documentos”, ressaltou.

Jaqueline Pedro do Carmo, assessora técnica da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, afirmou que haverá a regionalização de Centros Pops, espaços de referência para o convívio social e Casas de Passagem levando em consideração a necessidade de cada município.
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“Nós temos 18 centros Pops, distribuídos em 17 municípios do estado. Realizamos assessoramento, visitas técnicas, seminários constantes e montamos um grupo de trabalho com cofinanciamentos dos Governos Estadual e Federal. Temos uma estimativa que até o ano de 2024 o número de moradores em situação de rua cresça. Então o Governo do Estado pensou em regionalizar Centros Pops e Casas de Passagem de acordo com a demanda de cada localidade”, explicou Jaqueline.

Também participaram da reunião a deputada Zeidan (PT), representantes das polícias Civil e Militar, da Comlurb, e o diretor da coordenadoria de Estudos Estratégicos e Desenvolvimento Uerj, professor Egberto Gaspar de Moura.