Homem que seria responsável pela contabilidade do tráfico foi capturado em mansão em Ribeirão Preto - Reprodução
Homem que seria responsável pela contabilidade do tráfico foi capturado em mansão em Ribeirão PretoReprodução
Por O Dia
Rio - Policiais da 19ª DP (Tijuca) fazem, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, mais uma fase da Operação Shark Attack, contra o braço financeiro do tráfico de drogas do Morro do Borel, que fica no bairro da Zona Norte. São 12 mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos no Rio, em Ribeirão Preto (SP), Curitiba (PR) e Ponta Porã (MS).
Até o momento, dez pessoas foram presas. Uma delas é o responsável pela contabilidade da quadrilha, que foi encontrado em sua mansão em Ribeirão Preto.
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Os demais suspeitos são empresários, outros contadores contadores e "laranjas", que fazem a "lavagem" do dinheiro da organização criminosa. De acordo com as investigações, eles não atuam diretamente no tráfico de drogas, operando "um esquema essencial para o livre trânsito do dinheiro do narcotráfico".
Além das prisões e da busca e apreensão, a delegada Cirstina Bento, titular da 19ª DP, pediu o bloqueio das contas bancárias de oito empresas por onde circula o dinheiro do bando, além do bloqueio de quatro imóveis e veículo dos investigados.
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"A operação de hoje consiste em mais uma etapa de um trabalho que vem sendo realizado pela 19ª DP com o intuito de asfixiar o fluxo financeiro do dinheiro que sustenta a maior facção criminosa do Estado do Rio de Janeiro e que exerce suas atividades ilícitas na comunidade do Borel", conta a delegada.
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Segundo Bento, de 2015 a 2019, mais de R$ 147 milhões em dinheiro vivo foram movimentados nas contas dos investigados, que tiveram o sigilo bancário quebrado.
"O dinheiro que circula nessas contas retroalimenta o trafico de drogas e dá suporte à toda sorte de crimes praticados pela organização criminosa, notadamente por meio da compra de armas utilizadas em crimes contra o patrimônio que assolam nossa população", a delegada acrescenta.

Bento afirma ainda que o material apreendido nas fases anteriores ajudou na identificação dos alvos da ação de hoje.