Carro foi atingido por mais de 100 tiros na chacina de Costa Barros - Arquivo O DIA
Carro foi atingido por mais de 100 tiros na chacina de Costa BarrosArquivo O DIA
Por O Dia
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio decidiu que o Estado terá que pagar uma indenização de R$ 600 mil para a mãe e a irmã de Carlos Eduardo da Silva de Souza, o Carlinhos. O jovem, de 16 anos, foi um dos cinco mortos por policiais militares do 41º BPM (Irajá) na chacina de Costa Barros, na Zona Norte da cidade, em novembro de 2015. 
A decisão da juíza Neusa Regina Larsen de Alvarenga Leite, da 14º Vara de Fazenda Pública, também destaca que o Estado vai ter que arcar com o tratamento psicológico e ressarcir os gastos com psicólogos e psiquiatras de Adriana Pires da Silva, a mãe de Carlos Eduardo, e Maria Eduarda, a irmã dele. 
Publicidade
Na sentença, a magistrada ainda determinou que o Estado pague um salário mínimo mensal para a mãe de Carlos Eduardo. A mulher deixou de frequentar o seu local de trabalho quando PMs entraram na lanchonete e ela passou mal no início de 2016. 
"Em face do exposto, julgo parcialmente procedente para condenar o réu: ao pagamento de 1 (um) salário mínimo mensal para a 1ª autora (mãe) enquanto não cessada sua incapacidade laborativa; à prestação de auxílio psicológico, psiquiátrico e psicotrópico para ambas as autoras, durante o período necessário, a ser realizado em instituição pública e na sua impossibilidade em instituição privada; ao ressarcimento das despesas já efetuadas e comprovadas nos autos com profissionais de saúde psicológica e psiquiátrica, bem como com medicamentos psicotrópicos receitados pelos mesmos", destacou a magistrada. 
Publicidade
Carro foi atingido por 111 tiros 
Em 28 de novembro de 2015, Carlos, Roberto, Cleiton, Wilton e Wesley foram mortos dentro de um carro atingido por 111 tiros disparados por policiais militares. O carro dos jovens foi fuzilado quando passava pela Estrada João Paulo, em Costa Barros. Os policiais chegaram a dizer que trocaram tiros com os jovens, mas a perícia descartou a versão dos agentes.
Publicidade

Em julho do ano seguinte (2016), Joselita de Souza, mãe de Roberto, uma das vítimas, morreu de tristeza após depressão profunda que resultou em pneumonia e anemia aos 44 anos.
 
Publicidade