Preocupado com a questão sanitária das comunidades, o Núcleo de Engenharia Comunitária da ONG Engenheiros sem Fronteiras está arrecadando fundos para produzir gel antisséptico para doação. O grupo espera produzir de 300 a 500 litros de álcool por semana e deve começar as doações no Quilombo do Camorim, na Rocinha, e nos complexos da Penha e da Maré.
A idealizadora do projeto, Fernanda Cardoso, explica que a ideia nasceu com resposta à pandemia. "No Núcleo de Engenharia Comunitária, nós buscamos entender as necessidades das comunidades. Quando começamos a ver essa turbulência toda da pandemia, já comecei a pesquisar alternativas". Em busca de uma opção mais barata do que o álcool em gel a 70%, Fernanda encontrou uma fórmula de gel antisséptico recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa para o combate à Covid-19.
"A falta d'água é uma realidade dentro das comunidades. Então, a melhor forma de higienização passa a ser esse gel. Como os moradores não têm condições de comprar, estamos buscando as doações", disse. A produção do gel começa nesta semana.