O Ministério Público Federal recomendou que medidas mais rígidas no combate ao coronavírus ocorram na Baixada Fluminense. O objetivo é que as cidades não sigam o decreto do presidente Bolsonaro que incluiu academias de ginástica, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais, permitindo o funcionamento na quarentena.
O órgão também pediu que os municípios apresentem, em até cinco dias, avaliação de vagas em unidades de saúde. Se identificada deficiência no serviço, a cidade deve fortalecer gradualmente o isolamento. As medidas devem ser adotadas com base nos critérios definidos em documentação técnica e coleta de informações estratégicas em Saúde.
Ontem, o Ministério Público do Rio (MPRJ) garantiu que estado e capital sejam obrigados a colocar em operação todos seus leitos 'livres ociosos' e 'bloqueados ou impedidos'. A recomendação tem como base o crescente número de casos e óbitos na região, de modo que a flexibilização do isolamento poderia agravar a disseminação da covid-19. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, Caxias tem 911 casos e Nova Iguaçu, 754.
Rio e Região Metropolitana
O MPRJ também recomendou a adesão de medidas restritivas totais, o lockdown, de atividades não essenciais e da circulação de pessoas, nas regiões mais críticas do estado, como a capital e Região Metropolitana.
De acordo com a Prefeitura do Rio, um estudo realizado por seu gabinete científico registrou que, pela primeira vez, houve queda na curva de contágio da covid-19 na cidade. O prefeito Marcelo Crivella comentou sobre a continuidade do afastamento social e a diminuição da disseminação: "Esse resultado tem que ser perseguido por todos, ainda mantendo o afastamento social. Somente seguindo as restrições será possível, o quanto antes, afrouxar as medidas".
A respeito da recomendação do MPRJ para implementação do lockdown, a prefeitura afirma que as medidas têm sido tomadas sempre em consulta à comunidade científica. O governo do estado, por sua vez, informou que recebeu o ofício do MPRJ, mas ainda vai analisá-lo.
