Situação da estação Olaria - Divulgação / BRT Rio
Situação da estação OlariaDivulgação / BRT Rio
Por O Dia
Rio - O BRT fechou, nesta terça-feira, as estações Olaria, Arroio Pavuna, Divina Providência, Pedro Taques, Guaporé, Cardoso de Morais e Santa Luzia, todas do corredor Transcarioca, por causa de vandalismo. De acordo com o consórcio, mais de 80 estações já foram alvos de furtos de equipamentos essenciais para a operação, praticados por vândalos e bandidos.
O consórcio disse que as estações fechadas funcionaram durante vários dias em condições precárias, para não prejudicar os passageiros que precisam se deslocar por elas. A decisão de fechá-las foi para garantir a segurança dos próprios usuários.
Publicidade
"Infelizmente, para que as pessoas tenham uma ideia, de 125 estações que o BRT opera, 84 delas foram vandalizadas nos últimos 60 dias, seja por roubo de cabos, quebra de portas, quebra de roletas, dentre outros tipos de crime, que muitas vezes inviabilizam a operação das estações e prejudicam principalmente os usuários", conta o diretor de Relações Institucionais do BRT Rio, Bernard Fonseca.
Publicidade
O consórcio informou que o número de ocorrências nos três corredores que opera chegou a 160. A maior parte delas aconteceu na Transcarioca, que teve 87 ocorrências. Já na Transoeste foram 48 e na Transolímpica 25. Os furtos de cabos, perfis de alumínio, bebedouros e fitas de led, além de depredação de catracas, bilheterias e vidros são os crimes mais recorrentes no sistema.
"Milhares de usuários são prejudicados por dia e tudo isso poderia ser amenizado se os órgãos de segurança pública participassem mais ativamente, garantindo a preservação dessas estações e terminais e a integridade física dos passageiros", destacou Bernard.
Publicidade
O BRT reforça que a segurança dos terminais e das estações é atribuição do poder público, de acordo com a legislação. Os controladores trabalham apenas para orientar os passageiros para a operação do sistema. Ou seja, eles não têm poder de polícia, assim como os motoristas dos articulados.
Publicidade
O consórcio enfatiza ainda que somente com a ação integrada e efetiva das autoridades, seja através das secretarias municipais de Transportes, de Infraestrutura e de Ordem Pública ou com as polícias Civil e Militar, assim como a participação da população na preservação de ônibus articulados e estações, será possível reverter essa situação.
"Mais uma vez o BRT vem reiterar a necessidade da participação dos órgãos de segurança pública, sejam do estado, sejam do município, na garantia do transporte público dessas pessoas com segurança e qualidade, como o eixo concessionário tem buscado nos últimos tempos", cobra o diretor de Relações Institucionais do BRT.
Publicidade
Procurada pelo DIA, a Guarda Municipal disse que, desde outubro de 2018, fiscaliza os calotes de passageiros no sistema; veja nota na íntegra!
A Guarda Municipal do Rio atua desde outubro de 2018 nas estações do BRT fiscalizando o calote de passageiros nos ônibus. Nesse período, já registrou cerca de 30 ocorrências nas estações com prisões em flagrante por crimes, como furto, roubo, importunação sexual e dano ao patrimônio público, além de prestar auxílios ao público. A última prisão foi no dia 2 de maio na estação Salvador Allende, na Barra da Tijuca, quando um homem foi flagrado pelos guardas municipais dando socos na tela da máquina de autoatendimento. Ele foi conduzido para a 16ª DP (Barra da Tijuca), onde o caso foi registrado. Durante a pandemia, guardas municipais seguem atuando nos corredores do sistema com a atribuição de evitar aglomerações no transporte público.

A Guarda Municipal atua nos principais pontos e espaços públicos da cidade, incluindo o entorno de estações e terminais de transporte, com patrulhamento preventivo realizado a pé ou com viaturas, além do ordenamento urbano e do trânsito. Como esses locais são administrados pela iniciativa privada, eles também contam com serviço de segurança no interior das instalações. A Guarda Municipal presta todo o apoio necessário, dentro de suas atribuições.