Clima de tensão marca remoção de boxes na Rocinha pela Prefeitura do Rio.
— Jornal O Dia (@jornalodia) May 20, 2020
Vídeo: Daniel Castelo Branco/Agência #ODia pic.twitter.com/6dPi3e1VFS
Clima de tensão marca remoção de boxes na Rocinha pela Prefeitura do Rio
Cerca de sete construções feitas pelos camelôs já foram removidas do local, de um total de 40. Trabalhadores aguardam liminar para impedir destruição, motivada pela colocação de um tomógrafo no pátio da Igreja Universal
Rio - A prefeitura do Rio iniciou na manhã desta quarta-feira a demolição dos boxes no comércio popular da Rocinha, na Zona Sul. Cerca de sete construções feitas pelos camelôs já foram removidas do local. O clima entre os proprietários dos estabelecimentos restantes é de tensão já que a prefeitura pretende remover 40 boxes.
De acordo com a Prefeitura do Rio, a remoção dos espaços permitirá acesso melhor ao local onde ficará instalado um centro de imagem da comunidade. O espaço, que fica no pátio da Igreja Universal, segundo comerciantes, poderia ser acessado por outra rua que já existe, o que evitaria a demolição dos boxes.
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"Cada box aqui emprega entre quatro e cinco pessoas. Será que ele não pensa na quantidade de famílias que perderão seu sustento? Existe um caminho mais fácil e prático para acessar o estacionamento da igreja, mas ele não quer usar. Não dá para entender", questiona o camelô, que trabalha com reparo de celulares.
O centro de imagem, montado dentro do terreno da Igreja Universal, que abriga um dos tomógrafos usados no diagnóstico de pacientes com covid-19, já foi motivo de muito polêmica, com o caso indo parar até na Justiça. Na última quarta-feira, uma liminar havia suspendido a colocação do equipamento, mas foi derrubada pelo desembargador Rogério de Oliveira Sousa, sob o argumento de que "o único local viável à instalação de tomógrafo e enfermaria com 24 leitos é o terreno composto pelo estacionamento e quadra de esportes da Igreja Universal".