Paulo Marinho na saída Polícia Federal - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Paulo Marinho na saída Polícia FederalGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - O empresário Paulo Marinho prestou depoimento, durante toda a tarde desta quarta-feira, na superintendência da Polícia Federal, no Centro do Rio. A expectativa era de que ele apresentasse novas provas sobre as acusações contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), no entanto, ao sair do local, informou apenas que o caso segue sob sigilo.
"Por determinação da autoridade policial, esse inquérito corre sob sigilo. Então, eu não posso, por determinação da autoridade policial, para não prejudicar as investigações, eu não posso dar nenhuma declaração a respeito do meu depoimento", disse o empresário na saída do prédio da PF. Confira!
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Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada no último domingo, Marinho afirmou que um delegado teria se encontrado na porta da superintendência da PF - a mesma em que foi depor nesta quarta - com interlocutores do então deputado estadual e atual senador para informar que a operação seria atrasada, a fim de não prejudicar a família Bolsonaro em meio ao período eleitoral de 2018.
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A operação foi às ruas no dia 8 de novembro e cumpriu 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e tendo como foco deputados da Assembleia Legislativa do Rio.
Flávio não era alvo, mas relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Coaf já apontavam desde janeiro daquele ano movimentações suspeitas nas contas de Fabrício Queiroz, seu suposto operador financeiro no esquema de "rachadinha".
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Os relatórios tinham como escopo deputados e assessores da Alerj, e o caso específico de Flávio foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo no início de dezembro, quando o procedimento investigativo já havia sido aberto pelo Ministério Público do Rio.
Segundo Marinho, os advogados Miguel Braga Grillo e Victor Granado Alves, que têm longo histórico de relação com a família Bolsonaro em gabinetes e processos judiciais, compareceram à sede da PF junto com outra interlocutora, Val Meliga, para ouvir o que o delegado tinha a dizer.
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As denúncias de Marinho fizeram com que a Polícia Federal reabrisse um inquérito sobre supostos vazamentos da Furna da Onça. O Ministério Público Federal também anunciou que vai investigar o caso.