Secretário confirma almoço de Páscoa com Mário Peixoto, preso por suspeita de desvios na Saúde
Lucas Tristão confirmou o encontro e disse que se relaciona com empresários e representantes de classes, no campo profissional
Por O Dia
Rio - O secretário estadual de desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro, Lucas Tristão, confirmou que almoçou com o empresário Mário Peixoto e o filho Vinicius Peixoto, no domingo de Páscoa, 12 de abril. Os dois foram presos no dia 14 de maio na Operação Favorito. Segundo a investigação do MPF, Mário Peixoto seria dono oculto de empresas que possuem contratos milionários sob suspeita com o governo fluminense. Tristão foi advogado de uma dessas empresas e do próprio Mário Peixoto. Também já foi sócio do governador Witzel em um escritório de advocacia.
Nesta quarta-feira o secretário confirmou o encontro e disse que a reunião se relaciona com empresários e representantes de classes, no campo profissional. Ele disse que não discutiu pautas do governo. A declaração foi dada durante o anúncio para a retomada das atividades econômicas no estado.
"Foi um almoço de domingo, com seis pessoas, sem aglomeração. Não desobedeci nenhum decreto ou legislação. Segui as recomendações da OS. Eu sou secretário de Desenvolvimento Econômico e me relaciono com a classe empresarial em geral. Procuro, na medida do possível, me relacionar com a sociedade civil organizada, com os presidentes dos órgãos de classe, as federações do comércio, da indústria", explicou Tristão. " No campo pessoal, também me relaciono com jornalistas. Em nenhum desses encontros trato de pauta do governo", finalizou.
Tristão aparece em um diálogo grampeado entre o filho de Mário Peixoto, Vinicius Peixoto, e sua mãe, na qual Vinicius conta que testou positivo para covid-19 e atribui o contágio a ida do pai à casa de Tristão. " A gente acha que foi um dia que eu estive na casa do meu pai. O Lucas teve né. Lá no governo todo mundo teve", diz trecho do diálogo.
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Questionado sobre o caso, o governador Wilson Witzel disse durante coletiva de imprensa na terça-feira que "não é fiscal da vida pessoal de secretário".