Após decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ) que determinou "efetiva operação" de todos os leitos dos hospitais de campanha em até 20 dias, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou, ontem, um novo calendário para a inauguração das unidades. Dos sete hospitais previstos com gestão do governo estadual, apenas o do Maracanã foi aberto até agora, e assim mesmo parcialmente apenas.
Ontem, o secretário estadual de Saúde Fernando Ferry, disse que alguns dos hospitais de campanha que estão atrasados podem não ser entregues. "Percebemos que, gradativamente, está diminuindo o número de casos. Se percebermos que isso vai continuar, a vamos deixar de construir as unidades", avisou.
O Hospital de São Gonçalo está previsto para abrir na próxima quarta-feira e o de Nova Iguaçu, na próxima sexta-feira. Os hospitais de Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campos e Casimiro de Abreu serão inaugurados nos dias 1°, 7, 12 e 18 de junho, respectivamente.
No parecer, a desembargadora Isabela Pessanha Chagas determinou que a organização social Iabas, responsável pela operação dos hospitais de campanha do estado; a Prefeitura do Rio e a RioSaúde, empresa municipal de saúde, comprovem a operacionalização ou o desbloqueio de todos os leitos para pacientes com síndrome respiratória aguda nessas unidades.
A decisão do TJ-RJ foi unânime e isentou estado e município da obrigação de desbloquear leitos dos hospitais municipais Souza Aguiar, Miguel Couto e Salgado Filho, além do Hospital Universitário Pedro Ernesto, para o tratamento da síndrome respiratória. A justificativa da Justiça foi não prejudicar o tratamento de outros pacientes internados durante a pandemia.
Atualmente, a lista de espera por vagas estaduais para tratamento da covid-19 é de 212 pessoas para leitos de enfermaria. Outros 257 aguardam por vagas de UTI, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.
