Apreensão na operação Sanguessugas
Apreensão na operação SanguessugasDivulgação / Polícia Civil
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil realiza, desde as primeiras horas desta sexta-feira, a primeira fase da Operação Sanguessugas, com o cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão e bloqueio de valores em contas bancárias dos indiciados. Os policiais da 41ª DP (Tanque) realizam a ação contra uma organização especializada em fraudes milionárias de recebimento de seguro e lavagem de dinheiro, através de movimentações financeiras por contas correntes de pessoas interpostas.

Segundo as investigações, funcionários que trabalhavam em uma instituição de seguradora obtinham acessos de dados de sinistros e pagamentos, repassando-os ao prestadores de serviços da mesma instituição, assim, os dados eram alterados para possibilitar a emissão de novos pagamentos adicionais e duplicados para contas-correntes vinculadas aos indiciados.

De acordo com a especializada, o esquema investigado iniciou-se em setembro de 2019, quando um segurado questionou o aumento de seu seguro, sendo informado da utilização excessiva de sinistros. Após análise dos sinistros, foi constatada a alteração dos dados de sinistro e pagamento, dando início à auditoria interna para verificação de sinistros idênticos.
A polícia ainda ressaltou que a primeira fase foi antecipada devido a constatação nas investigações de que os indiciados estavam com passagens marcadas para este sábado, com destino a Itália. Também foi analisado uma aquisição de altas quantias em criptomoedas (bitcoins), denotando alto risco de fuga.

Por esta razão, são cumpridos mandados de busca e apreensão dos passaportes dos investigados, com objetivo de frustrar um eventual plano de fuga.

Ainda segundo a Civil, durante as buscas foram encontradas provas materiais dos delitos praticados. Houve a apreensão de HD's, computadores, celulares e dos cartões bancários vinculados às contas-correntes de pessoas interpostas utilizados para movimentação financeira.

Ainda com base nas decisões judiciais, foi determinado o bloqueio online de R$ 700 mil reais de cada investigado.

As medidas de urgência da primeira fase da operação foram representadas excepcionalmente junto ao Ministério Público e Poder Judiciário do Plantão Noturno. As investigações continuarão e seguirão junto ao Juízo e Promotoria de Justiça.