Daíra Sabóia, uma das selecionadas no festival LabSonica - Divulgação
Daíra Sabóia, uma das selecionadas no festival LabSonicaDivulgação
Por Bete Nogueira

Quem canta, o isolamento espanta. Mas alguns mais afinados ainda ganham outros benefícios: orientação profissional e participação em um festival. O Estúdio Toca do Bandido, em parceria com o LabSonica (laboratório de experimentação sonora do Oi Futuro), anunciaram os artistas independentes selecionados para a Aceleração Musical LabSonica. A competição chegou a 900 inscritos, o que fez com que o número de escolhidos subisse de seis para 21.

Os organizadores acreditam que a alta procura é um reflexo da quarentena: mais pessoas apostando em seus talentos em um momento em que é preciso ir além da sensação de confinamento. Por isso, ao projeto inicial de capacitação foi incluída nesta etapa o festival online, que será realizado no mês de julho.

"Foi emocionante receber material de tantos artistas, compartilhando também o momento difícil da quarentena. Depois de um mês de avaliação, tanto nós do Toca do Bandido, como também os parceiros do LabSonica, entendemos que não poderiam ser apenas seis. E incluímos mais uma etapa, intermediária e digital", conta Constança Scofield, diretora artística e gestora do estúdio Toca do Bandido e uma das idealizadoras do projeto.

Os participantes terão aulas e workshops online e receberão ajuda de custo. O objetivo é promover carreiras através de qualificação profissional e do estímulo à experimentação. "Creio que minha geração tem muito para falar, principalmente no tempo que a gente está vivendo. Enquanto eu falo está rolando uma pandemia. O mercado da música está muito louco, não tem mais show", disse a niteroiense Daíra Sabóia, uma das selecionadas.

Os curadores tiveram como critérios de seleção o potencial e a diversidade dos artistas. Por isso, o festival promete um mix de estilos. "Neste momento tão complicado, acredito que as estruturas estão sendo redefinidas. Por isso, entendo a importância da música independente onde a gente pode experimentar e ampliar nossas bolhas", falou outro selecionado, o músico Caio Prado, carioca de Realengo.

Tudo sobre o LabSonica está no site https://oifuturo.org.br/.

Até mesmo a quarentena pode inspirar
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Longe de ver uma barreira à frente, os artistas tentam driblar as mudanças ocorridas com a pandemia de covid-19 sem perder o bom humor, como conta outro escolhido para o LabSonica, Nando Pontin, da banda gaúcha Black Bell Tone.
"A gente estava se preparando para gravar o nosso quarto videoclipe, quando veio o coronavírus e a gente teve que dar uma segurada. Nesse período, produzimos uma série, cada um na sua casa, que a gente chamou de 'Em quarentena', e que está disponível no nosso Instagram."
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Ao final desta etapa, serão divulgados seis finalistas, que farão uma imersão para a produção de EPs.
O estúdio do Lab Oi Futuro vai sediar os ensaios e a gravação ao vivo, enquanto o estúdio Toca do Bandido será local das gravações e mixagens das outras faixas. 
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Ao final da aceleração, os artistas vão apresentar sua produção para o público carioca e para uma banca de profissionais do mercado de música.
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