Por O Dia
RIO - O pré-candidato a prefeito do Rio Fred Luz (Novo) afirmou, em live exclusiva do jornal O DIA, que a cidade precisa de um choque de gestão, com o fim dos cabides de emprego, da indicação política e da corrupção, para se recuperar. 
"Tenho 30 anos de experiência em gestão, em empresas que obtiveram sucesso. É fundamental a tolerância zero na corrupção. Não vamos resolver o Rio com politicagem".
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Adiante, disse: "A saúde é o maior problema da cidade. E a corrupção, a maior doença".
Questionado como via o modelo das Organizações Sociais (OSs) em unidades de saúde, Fred primeiro afirmou que os focos na área são gestão, tecnologia e corrupção zero. Sobre as OSs, ele as defendeu desde que com uma análise criteriosa de contratos e fiscalização.
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"A gente vê escândalo atrás de escândalo nas OSs", afirmou, pela falta de fiscalização.
O empresários demonstrou preocupação com o comprometimento de 75% da arrecadação com o pagamento do serviço público, o que o levou a não prometer, por exemplo, a retomada imediata das obras do BRT na Avenida Brasil.
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"Não tenho esse plano. Começo vendo o que é que dá para gastar. É preciso ver isso primeiro. A prioridade é a saúde funcionando, a educação funcionando, a cidade limpa. Isso, acompanhado do choque de gestão, vai permitir que a gente descubra onde está sobrando dinheiro".
Fred listou, nesse sentido, três passos: 1) Reavaliar a situação; 2) Aproveitar o que já existe ("há infraestrutura ociosa"); e 3) atrair a iniciativa privada (para parcerias).
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Ainda sobre a questão dos servidores públicos, o empresário apontou a necessidade de rever cargos comissionados e a previdência.
O pré-candidato apontou a educação como a porta das oportunidades para se reduzir a desigualdade social, oferecendo ensino de qualidade. Ele afirmou que não é possível que crianças saibam ler mas não compreender o que leram.
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"A criança precisa aprender a ler e a escrever no final do primeiro ano".
A entrevista com Fred Luz foi conduzida pelo colunista político do DIA Sidney Rezende e o repórter Venê Casagrande.
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Questionado sobre o carnaval, ele afirmou que o objetivo é fortalecê-lo como geração de negócios e empregos.
"O carnaval tem que ser melhor aproveitado o ano todo. O Sambódromo devia ter programação o ano todo, com shows e eventos", disse, citando ainda a Cidade do Samba como um espaço para ser melhor explorado como negócio.
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Para ele, o governo municipal deve ser um facilitador.
"Não vejo com bons olhos os subsídios. Mas também não vejo corte abruptos [o prefeito Marcelo Crivella suspendeu as subvenções]", disse, explicando que é preciso apoiar até que possam andar com as próprias pernas.
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Fred criticou duramente a Cedae, empresa estadual, por causa da carência de saneamento na cidade do Rio de Janeiro.
"É uma vergonha. Fala-se da Cedae, mas o contrato é do município com a empresa. Setenta e sete por cento da receita da Cedae vêm dos cariocas. Os prefeitos anteriores não cobraram da Cedae como deveria ser [a solução do problema do saneamento]. Niterói fez uma licitação, contratou uma empresa e tem cobertura de 95% de saneamento. Vamos ter que renegociar o acordo [com a Cedae], que é extorsivo para quem mora aqui no Rio. Nele, não há previsão de multa. O contrato é péssimo e ilegal".
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