Por André Arraes
Os cerca de 2 mil profissionais que trabalham no Hospital de Campanha do Riocentro, têm tido motivos para se emocionar e se inspirar. Uma parede da unidade, conta com fotos das histórias daqueles que venceram a luta contra a Covid-19. Dessa forma, as imagens servem como um ânimo a mais para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, maqueiros, e tantos outros que, direta ou indiretamente ajudaram na recuperação dos pacientes. O mosaico começou a ser montado na semana passada e a esperança é que ele cresça com novos registros de pessoas superando a doença.

Desde que foi inaugurado, no dia 1º de maio, até esta segunda-feira, o Hospital de Campanha internou 460 pessoas e deu alta a 258, cerca de (56%). Com a iniciativa, os números ganham rostos e identidades. A Parede da Vitória fica fora da área assistencial, em uma das principais entradas do pavilhão 3, justamente no caminho do refeitório, onde, no momento de suas folgas, os profissionais podem parar para contemplar, merecidamente, o resultado de seu esforço.

Angela Cristina é esposa de Gilvandro de Sena, de 51 anos, o 2º paciente do Hospital de Campanha. Ele chegou na unidade no dia de sua inauguração, no dia 1 de maio, e ficou internado até o dia 13. Ela relembra como foi a emoção da alta do marido, que ganhou um espaço no mosaico, além de elogiar a ideia das fotografias. “Eu recebi a notícia da alta pelo telefone e eu só sabia gritar, agradecendo a Deus. São 33 anos de casados e nós nunca nos separamos, com ele internado ficamos separados, a saudade estava grande. A alta foi um momento de grande emoção. Esse mosaico no hospital eu achei bem legal, pois as pessoas veem mais o lado ruim, por isso gostei, por mostrar os recuperados também”, afirma.

“Podem colocar todas as altas que tiverem. É estimulante pra gente. Às vezes pegamos um paciente tão ruinzinho, tão debilitado, e vemos ele se recuperando. No outro plantão, ele já está saindo. Todas as vezes que eu levei um paciente de alta, na saída do hospital, eu chorei de emoção”, contou a técnica de enfermagem Thalita Silva.
*Reportagem do estagiário André Arraes