Rio - O Supremo Tribunal Federal vai analisar, nesta sexta-feira (26), se as operações policiais nas comunidades do Rio continuarão suspensas por conta da pandemia do coronavírus. No último dia 5, as ações foram proibidas após liminar do ministro Edson Fachin. Na ocasião, Fachin determinou que "só as ações sob hipótese absolutamente excepcionais" estão liberadas no estado. E, antes de acontecerem, devem passar pelo crivo do Ministério Público (MPRJ), que possui um grupo voltado para avaliar a atividade policial. Para continuar em vigor, a decisão precisa ser referendada pela maioria dos ministros do STF.
A decisão atendeu um pedido do do Partido Socialista Brasileiro (PSB), com apoio da Defensoria Pública do Rio e divide opiniões. Enquanto organizações como a Anistia Internacional e lideranças comunitárias apoiaram a suspensão, para deputados estaduais do Rio, como Alexandre Knoploch (PSL), a medida interfere na atuação da polícia, já fixada pela Constituição Federal. Ele encaminhou recurso sobre o assunto ao STF.
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"A decisão liminar não reflete a realidade do Rio. As favelas no estado são dominadas por grupos fortemente armados, para cometer delitos. Para o bem da população que cumpre a lei, a repressão aos grupos criminosos não pode parar, mesmo durante a pandemia", opinou o parlamentar. "Trata-se, inclusive, de criminosos que organizam bailes com venda de drogas. Sem intervenção policial, a violência só piora", completou.
