Rayanne tinha 11 anos - Arquivo Pessoal
Rayanne tinha 11 anosArquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informou, na tarde deste domingo, que a chacina durante uma festa junina em Anchieta, Zona Norte do Rio, que deixou cinco mortos e sete feridos, teve a participação de integrantes de organizações criminosas de narcotraficantes por disputa de território. Entre as vítimas fatais está uma menina de 11 anos. Rayane Cardoso Lopes estava com o pai, Naum Henrique Silva Lopes, também baleado.
Testemunhas contaram que o grupo participava de uma festa junina na região conhecida como Condomínio Jamaica, quando homens armados desceram de um carro preto e efetuaram disparos na direção da concentração de pessoas. O evento descumpria as determinações dos órgãos de saúde, para evitar o contágio da covid-19.
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Além de Rayane Cardoso Lopes e Yan Lucas Soares Gomes, Yuri Lima Vieira, 23 anos e Josué de Oliveira Xavier, 20 já chegaram sem vida na UPA de Ricardo de Alburquerque. Antônio Marcos Barcelos Pereira Júnior, de 22, teve o óbito confirmado na manhã de domingo. As famílias não deram informações sobre enterros.
Os feridos são Lucas Travanca de Araújo; Alan da silva Nogueira; Naum Henrique Silva Lopes (pai da menina Rayane Cardoso); Rodrigo Souza; Amanda Cristina Godinho e Iago Breno Soares Gomes. A sétima vítima não teve a identidade revelada.
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Confira a nota completa da Polícia Civil:
"A Delegacia de Homicídios da Capital informa que os cinco homicídios e as sete tentativas de homicídio ocorridas na madrugada de hoje, em Anchieta, RJ, contou com a participação de integrantes de organizações criminosas de narcotraficantes, cuja motivação foi a disputa territorial pelo controle da venda de drogas na localidade. Dentre as vítimas, os criminosos tiraram a vida de uma menina de 11 anos.
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As lideranças narcoterroristas que participaram desse covarde ataque estão sendo identificadas e serão responsabilizadas criminalmente.
Qualquer ação policial na localidade para a prisão dos responsáveis por mais esse crime bárbaro, necessitará de forte aparato operacional, com emprego de blindados e helicópteros para resguardar a integridade física dos policiais responsáveis pelas investigação, o que não poderá ser realizado no momento, diante de decisões judiciais que restringem as operações policiais e o sobrevoo da nossa aeronave em comunidades num raio de dois quilômetros de distância de escolas e creches, ainda que fechadas, e hospitais.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil cumpre as ordens judiciais e espera que as decisões restritivas de operações policiais no Estado do Rio de Janeiro sejam revertidas o quanto antes para o retorno das atividades policiais na sua plenitude".