A Uezo iniciou, em parceria com a Faperj, o projeto de um observatório virtual de tecnologias voltado para o desenvolvimento sustentável - fotos: DIVULGAÇÃO
A Uezo iniciou, em parceria com a Faperj, o projeto de um observatório virtual de tecnologias voltado para o desenvolvimento sustentávelfotos: DIVULGAÇÃO
Por Danillo Pedrosa

Criatividade, conquistas, luta e trabalho sério. Em meio a dificuldades e muito suor, a Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) completa 15 anos em 2020, exercendo o papel de única instituição pública de ensino superior da região. Desde 2005, a unidade atende uma alta demanda de jovens em busca de formação acadêmica no subúrbio carioca, colabora para a geração de emprego e para o desenvolvimento de dezenas de bairros mais afastados do Centro do Rio de Janeiro. 

"Os 15 anos da Uezo trazem uma história marcada pelo árduo trabalho em prol da construção de conhecimento e o devido reconhecimento pela atuação institucional, assim como também pelas relevantes pesquisas e projetos de extensão", destaca Maria Cristina de Assis, reitora da universidade.

Passada uma década e meia de existência, a universidade tem atualmente 1.673 alunos, distribuídos entre os oito cursos de graduação e três de pós-graduação e atua em parceria com indústrias siderúrgica, farmacêutica, metalúrgica e naval. Essa interação é um dos segredos para o sucesso da Uezo, que caminha para se tornar um dos pilares para o crescimento econômico da região. 

FALTA UM CAMPUS

Apesar do sucesso da instituição, que se tornou uma fundação de direito público e obteve a sua autonomia em 2009, a Uezo ainda luta por um campus. Até hoje, as aulas acontecem no Instituto de Educação Sarah Kubitschek (Iesk), em Campo Grande, e promessas do poder público de construir uma instalação própria nunca saíram do papel. 

A necessidade de um campus para a universidade se tornou uma causa defendida também por representantes comerciais e instituições da região, que enviaram a autoridades públicas, entre elas o governador Wilson Witzel, uma carta solicitando a construção de uma instalação imediata e definitiva. 

"A Zona Oeste elege os políticos, mas depois eles esquecem da região. Não podemos mais aceitar isso", cobra Guilherme Eisenlohr, presidente da Associação Empresarial de Campo Grande.

Produção científica
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Um dos reflexos do bom funcionamento da universidade, apesar de todos os percalços, é a produção científica dos alunos. Todos os professores da Uezo são doutores, e o conhecimento que é passado nas salas de aula tem dado resultado. 
Maiccon Barros, por exemplo, que foi aluno do Mestrado Profissional de Ciência e Tecnologia de Materiais, desenvolveu na sua dissertação um novo tijolo ecológico, à base de resíduo de rocha ornamental (calcário) e resina polimérica (poliéster).  O produto, que gerou o primeiro pedido de patente da Uezo, em 2019, ainda é mais resistente à água e ao fogo comparado ao tijolo convencional.
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Os cursos oferecidos
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A Uezo conta atualmente com oito cursos de graduação: Tecnologia em Construção Naval, Engenharia de Materiais, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Produção, Farmácia, Ciências Biológicas, nas modalidades biotecnologia e produção, Ciências da Computação, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Além disso, a universidade também oferece três pós-graduações: Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Ambiental e, por último, o Mestrado e Doutorado Profissional em Biomedicina Translacional, que é realizado em parceria com o Inmetro e a Unigranrio.
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