Ministério Público do Rio de Janeiro - Google / Reprodução
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Por O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), obteve decisões favoráveis no contexto da operação "Freedom", que investigou e denunciou uma organização criminosa que atuava como milícia na região de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.
Em três sentenças distintas, a Vara Criminal de Itaguaí condenou 37 integrantes do grupo pela prática de diferentes crimes, como extorsão, através da cobrança de uma "taxa de segurança" aos moradores das localidades, roubo, receptação, sequestros, tortura, homicídios e ocultação de cadáveres.
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Em um processo, o juízo condenou 26 dos denunciados pelo GAECO/MPRJ pela execução dos delitos. "Após a instrução probatória, ficou devidamente comprovada a existência de uma grande organização criminosa, estruturada nos moldes de uma 'milícia armada', atuante no Município de Itaguaí. Adicionalmente, tais provas confirmaram que tal organização funciona como uma 'franquia' da organização 'matriz', que atua em diversos bairros da Zona Oeste da capital fluminense, tais como Campo Grande e Santa Cruz", aponta trecho da decisão.
Em outro, o judiciário condenou três integrantes do grupo, presos em flagrante por policiais do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP/MPRJ) enquanto praticavam extorsão contra comerciantes da região. Na ocasião, os homens foram pegos dirigindo um carro roubado e com sinais de identificação adulterados e com simulacros idênticos aos de armas de uso restrito, com munições, balaclavas, luvas e roupas alusivas a polícia, de acordo com a denúncia instrumentos de sua rotina criminosa.

No terceiro, foram condenados outros oito integrantes da mesma organização criminosa, que ameaçaram de agressão, morte e lesão patrimonial, em setembro de 2018, comerciantes do bairro Parque Paraíso com o intuito de obterem vantagem indevida. Os criminosos, também interceptados por policiais do GAP/MPRJ, constrangiam os donos de comércio a lhes pagar dinheiro em espécie como condição de segurança pessoal e de seus negócios, para que não viessem a ser vítimas do grupo.