UFRJ aprova calendário de aulas à distância a partir de agosto
Órgãos da universidade votaram, ontem, período excepcional optativo de 12 semanas
Campus da UFRJ no FundãoDivulgação
Por Julia Noia*
Rio - A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou, ontem, as datas oficiais do Período Letivo Excepcional, o PLE. Entre 10 de agosto e 31 de outubro, alunos de graduação e pós-graduação poderão cursar, opcionalmente, matérias a partir de ensino à distância em plataformas digitais de educação. Cursos da Faculdade de Medicina começam as atividades uma semana antes, no dia 3. O calendário, aprovado pelo Conselho de Ensino de Graduação na semana passada, deixa a critério de professores e coordenações de cursos a disponibilização de disciplinas teóricas.
Para Carlos Frederico Leão, vice-reitor da UFRJ, o retorno das aulas é central, apesar de não ser da maneira desejada pela instituição, com atividades presenciais. "Inicialmente, nossa preocupação com os serviços prestados estava muito direcionada a serviços de saúde, laboratórios para pesquisa e soluções para problemas enfrentados devido à covid-19, mas entendemos que isso era insuficiente", afirma.
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O PLE foi pensado para priorizar alunos concluintes, ou seja, que devem até 32 créditos. Eles serão inscritos diretamente por coordenadores de cursos entre 17 e 25 de julho, para garantir a vaga. Demais alunos podem se inscrever entre 27 de julho e 6 de agosto. A matrícula nas disciplinas poderá ser trancada em qualquer momento do PLE e professores foram não irão cobrar presença. Com a abertura de matérias, alunos poderão se inscrever novamente nas disciplinas que se matricularam no começo do ano, caso sejam ofertadas.
Antes da aprovação do calendário excepcional, a UFRJ mapeou a quantidade de alunos sem acesso à internet e, no final de junho, abriu edital para disponibilizar 12 mil kits internet para estudantes de graduação e mil para a pós-graduação. O vice-reitor informa que o número disponibilizado é mais que suficiente para atender todos os discentes que necessitarem - entre 7 e 8 mil alunos -, e garante que todos terão o acesso garantido até o final de julho, antes do começo das aulas. Caso a inclusão digital não seja feita dentro do prazo, o CEG pode adiar o calendário letivo.
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O Diretório Central dos Estudantes da universidade reivindicou a abertura de edital de equipamentos, que deve atender cerca de 6 mil estudantes com bolsas de R$ 850, além de auxílio emergencial para contemplar alunos que perderam a fonte de renda durante a pandemia. A proposta é estudada pela Reitoria e o edital deve ser aberto em breve. Boa parte as disciplinas ofertadas serão dentro do turno em que o curso é ofertado, mas a Reitoria, a pedido do Diretório, recomenda que professores disponibilizem a gravação das aulas.
A Reitoria vai capacitar professores para uso das plataformas, além da adequação de atividades e de equipamentos para alunos com deficiência auditiva e visual. A UFRJ estuda a utilização de parte da estrutura da instituição para o ensino remoto, respeitando todas as medidas de biossegurança. A UFRJ mapeou a quantidade de alunos sem acesso à internet e abriu edital para disponibilizar kits internet para estudantes.