Rio - O ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, tem uma longa ficha de cargos públicos em seu currículo. Preso nesta sexta-feira por fraudes na compra de respiradores quando comandou a pasta, Edmar é médico anestesista formado pela UFRJ, professor da Uerj, policial militar e já foi diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe/Uerj).
Em setembro de 2016, quando comandava o Hupe há apenas nove meses, recebeu a medalha Tiradentes, a maior honraria dada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A homenagem ao médico foi proposta pelos deputados Zaqueu Teixeira (PSD), Martha Rocha (PDT), Dr. Deodalto (DEM), Ana Paula Rechuan (PSD), Rogério Lisboa (DEM), Luiz Martins (PDT) e Dr. Julianelli (PSB).
Publicidade
Galeria de Fotos
Edmar virou secretário de Saúde no início do mandato do governador Wilson Witzel (PSC), em janeiro de 2019, e foi exonerado em maio, após uma série de denúncias de irregularidades em contratos firmados pela pasta durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Depois que saiu do cargo, ele chegou a ser nomeado para a recém-criada subsecretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19, mas foi afastado pela Justiça.
Publicidade
O anestesiologista fez a graduação em Medicina pela UFRJ em 1992, tem mestrado em Fisiopatologia Clínica e Experimental (2001) e Doutorado em Biologia pela Uerj (2006), MBA Executivo Saúde pela FGV (2011), além de outras qualificações.
Membro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, é professor-adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, onde também foi Superintendente do Complexo de Saúde e Coordenador do Serviço de Anestesiologia.
Publicidade
De acordo com o Ministério Público estadual (MPRJ), Edmar é um dos chefes de uma organização criminosa que se instalou na Secretaria de Saúde para desviar para si e terceiros verbas destinadas para a compra de respiradores para atender pacientes com o novo coronavírus (covid-19).
