- Divulgação/Conrado Bassini
Divulgação/Conrado Bassini
Por Felipe Gavinho*

A rotina de viagens e a interação com o público são duas características marcantes na carreira de um DJ. Porém, tudo mudou desde o dia 11 de março de 2020, data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus. O período sem shows presenciais devido ao isolamento fez com que os artistas se reinventassem e migrassem exclusivamente para o meio digital. Foi o caso do Bernardo Cereja, de 25 anos, que teve o seu dia a dia totalmente alterado por conta da pandemia.

Em relação às suas viagens até então, o DJ Cereja, como é mais conhecido, tocava, em média, em três cidades diferentes por semana. "Era uma rotina pesada, mas que, com o passar do tempo, se tornou um costume e até uma necessidade. Parar tudo, do nada, é um choque pra todo mundo. Sinto muitas saudades do dia a dia de shows", revela.

Além deste período sem viagens, o DJ também teve que se adaptar com as apresentações por live, ou seja, sem o contato com o público. Para isso, Cereja comentou como tem feito para se manter próximo dos seus fãs.

"Assim como eu sinto falta do público, é importante entender que eles também sentem falta dos eventos e dos shows. Então, é preciso estar sempre online nas redes sociais, trazer conteúdo interessante pra eles, responder comentários, mensagens e se fazer presente", destacou.

Se hoje não há cachês, as lives abriram a possibilidade para outra forma de renda.

"Através das lives, surgiram patrocínios e apoios, gerando um lucro não só para a empresa, mas também para doações. É importante não só levar alegria para a casa das pessoas, mas também oferecer o que temos de melhor", garantiu Cereja.

Por fim, questionado sobre como ele acha que será o mundo dos eventos após o fim da pandemia, o DJ admitiu que os produtores devem pensar mais em entregar um evento com mais qualidade do que quantidade. Esta poderá ser uma grande mudança.

"Acho que vai demorar para voltar a ficar igual ao que era antes, totalmente despreocupado com algum vírus, todo mundo aglomerado e com os eventos lotados. O que eu acho que a pandemia nos mostrou foi a força do digital. A quantidade de público que conseguimos alcançar em uma live, em um vídeo, ou qualquer publicação desse tipo mostrou o quanto temos que olhar com atenção para o entretenimento".

Bernardo Cereja concluiu, afirmando que o evento presencial nunca irá acabar.

"Quando isso tudo passar, seremos muito felizes e vamos dar mais valor às pequenas coisas", finalizou.

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