Edmar Santos: ex-secretário - Tomaz Silva/Agência Brasil
Edmar Santos: ex-secretárioTomaz Silva/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - Preso na última sexta-feira em investigação que apura desvio de recursos na compra de respiradores para combate ao novo coronavírus, o ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, firmou um acordo delação de premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) e entregou um conjunto de provas materiais envolvendo o governador Wilson Witzel no esquema de corrupção. As informações são da coluna "Radar", no site da revista Veja.
Ainda de acordo com a publicação, o ex-secretário se comprometeu no acordo em devolver 8,5 milhões de reais aos cofres públicos.  O Ministério Público estadual (MPRJ) apreendeu a mesma quantia em endereços ligados a Edmar Santos, durante um desdobramento da Operação Mercadores do Caos, que levou a prisão do médico anestesista. Desse total, cerca de 7 milhões estavam em reais e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas.
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Os agentes só terminaram de contar o valor na madrugada deste sábado. Eles contaram com máquinas de contar cédulas, emprestadas pelo Banco do Brasil. Um funcionário do banco ficou à disposição para que o valor fosse depositado em uma conta judicial, mesmo depois do horário do expediente bancário.
O MPRJ disse ainda que os valores foram entregues "espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado". Na casa de Edmar, em Botafogo, os agentes encontraram cerca de R$ 5 mil. 
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Edmar Santos foi preso nas primeiras horas da manhã da última sexta-feira em seu apartamento em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa que desviou 36.922.920,00 dos cofres públicos do estado durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Depois de ser levado para a Cidade da Polícia, no fim da manhã, ele foi encaminhado ao Batalhão Prisional Especial (BEP) da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana do estado. O médico anestesista deu entrada na unidade já na parte da tarde, onde está sozinho em uma cela.
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A PM disse que o isolamento de Edmar, que é tenente-coronel, "é uma medida de precaução para conter o avanço do novo coronavírus, conforme está disposto no decreto estadual".
Ainda segundo a PM, assim como os demais agentes que dão entrada no BEP, Edmar passou por uma avaliação médica, além de ter sido atendido por um psicólogo e um dentista. Ele também recebeu atendimento do serviço de assistência social e religiosa da unidade.
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