De acordo com a coordenadora do projeto, Karla Figueiredo, do Departamento de Ciências da Computação do IME, o grupo vai analisar informações de mais de cinco mil pacientes que já passaram pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). Karla afirma que o esforço conjunto de especialistas de várias áreas vai permitir classificar e analisar os dados com maior precisão. O estudo conta com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“A proposta é que nos próximos três anos o grupo trabalhe para desenvolver um sistema de IA a partir da análise das informações clínicas. Pretendemos encontrar um modelo cibernético inteligente de extração e processamento de dados para alcançar a máxima precisão na avaliação. Um modelo que seja capaz de apontar qual é a doença do paciente e suas causas”, explica a coordenadora.
Para a pesquisadora, o projeto poderá ter grande impacto social em um país com tantas desigualdades no acesso aos serviços de saúde, já que um sistema remoto de telemedicina poderia atender à população carente de assistência médica. “Com a pandemia, ficou evidente que os pesquisadores do mundo todo se lançaram ainda mais ao trabalho para ajudar a desvendar a covid-19. Cada um na sua área, com a sua expertise, somando forças. Muito me orgulha ver que a Uerj, seus professores, pesquisadores e alunos também arregaçaram as mangas e estão produzindo ciência intensamente”, afirma.