A OS Lagos Rio diz que aguarda repasses para pagar salários, mas estado diz que já trasnferiu valores - Internet
A OS Lagos Rio diz que aguarda repasses para pagar salários, mas estado diz que já trasnferiu valoresInternet
Por O Dia

Dois meses de angústia e sofrimento para quem trabalha no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. Com rotina de UTI e enfermarias lotadas, os funcionários sentem na pele o desespero de geladeiras vazias, em casa, por falta de salário. Segundo relatos, o Instituto Lagos Rio, organização social responsável pela gestão da unidade, não repassou os salários referentes a julho e agosto. Agora, um último grito de desespero. Se não efetuarem o pagamento de pelo menos um salário até hoje, a emergência do hospital vai fechar as portas, indefinidamente.

"Alguém tem que fazer alguma coisa. Vamos acabar com o atendimento, porque não vamos mais conseguir ir trabalhar. Já fomos mandados embora ou estamos com aviso prévio, sem dinheiro de passagem e sem comida em casa", lamenta uma funcionária. Os empregados também sofrem com a falta de medicamentos para dor, antibióticos e agulhas para insulina.

Sem salário, muitos estão dependendo de doações de ONGs ou já pararam de trabalhar por conta da falta de vale-transporte. E a diminuição das equipes traz outro problema: a sobrecarga de quem fica.

Com menos funcionários, os poucos que restam devem dar conta do trabalho, e os reflexos da carga extra já são sentidos. Muitos profissionais estão de licença médica, com quadros de depressão e dores no corpo, consequência das jornadas quase que triplicadas de trabalho. Uma enfermeira conta que, no último plantão do centro de trauma, havia três técnicos em enfermagem para cerca de 80 pacientes. 

O Instituto Lagos Rio diz que aguarda os repasses do estado para efetuar o pagamento dos salários, mas a Secretaria Estadual de Saúde informa que os valores referentes a julho foram transferidos em 4 de agosto, e o pagamento de agosto será repassado em breve.

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