Rommel Cardozo, filho do seu Oswaldo, comemora o sucesso nas vendas após a quarentena - DIVULGAÇÃO
Rommel Cardozo, filho do seu Oswaldo, comemora o sucesso nas vendas após a quarentenaDIVULGAÇÃO
Por O Dia

Fundado em 1946, o Bar do Oswaldo, no Largo da Barra, é um dos mais queridos do Rio e já foi frequentado por personalidades como Getúlio Vargas, Garrincha, Mussum, entre outros. O carro-chefe são as batidas, que em 2010 se tornaram patrimônio imaterial. Junto com outros estabelecimentos, o bar forma um dos points mais animados da região, que passou por um período difícil na quarentena mas, aos poucos, volta a brilhar.

Rommel Cardozo, filho do lendário Oswaldo (o Rei das Batidas), que fundou o estabelecimento, comanda o negócio junto com sua irmã Abigail e o sobrinho Marcello. "Enquanto, infelizmente, a quarentena reduziu drasticamente o consumo em muitos bares pelo Rio, no Oswaldo a procura pelo principal produto, as batidas, até aumentou", revela.

"A quarentena fez com que as pessoas sentissem saudade da rotina. Sentiram saudade do bar e vendemos muito mais garrafas", conta Rommel, acrescentando que o foco neste período foi o delivery. "Já estávamos habituados com este formato de atendimento há alguns anos, ou seja, não precisamos passar por aquela etapa que muitas casas passaram de migração para o digital. Já estávamos lá".

Com a reabertura, em julho, a casa aos poucos vai recuperando o brilho dos velhos tempos. A direção tem seguido à risca as medidas sanitárias. Os shows de samba, que atraíam clientes de toda a cidade, estão temporariamente suspensos. O estabelecimento está funcionando todos os dias da semana, de 11h à 1h.

"Hoje, o público do bar é diverso. Tem desde casais que se formaram bebendo na casa, até jovens que se apaixonam pelo sabor, que não conhecem a história do bar e perguntam, por curiosidade. Sobre o acesso, um diferencial nos últimos anos foi a implantação da estação Jardim Oceânico do Metrô, tornando muito mais prática a chegada, assim como a popularização dos aplicativos de transporte", completa Rommel.

Calor pede drink

Com a proximidade da Primavera e os longos períodos de dias quentes e sem chuva, a procura pelos drinks tende a aumentar. "Todos os copeiros recebem um treinamento para aprenderem a fazer drinks, um curso que custaria por volta de R$ 3 mil. Ou seja, quando a demanda aumenta, todos estão preparados para atender", garante o sócio.

Rafael Otávio, conhecido como Samurai, que trabalha no bar há um ano, foi um dos participantes do curso. Ele revela que a gim tônica está em ascensão e conta qual receita faz mais sucesso: "Leva gelo, limão siciliano, a dose de tônica e gim. É importante escolher muito bem o limão siciliano, ele deve estar maduro, amarelinho".

 

Batida de coco tem história
As batidas são sucesso: coco, limão e maracujá entre as preferidas
As batidas são sucesso: coco, limão e maracujá entre as preferidasDIVULGAÇÃO
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Indiscutivelmente, a estrela do Bar do Oswaldo é a deliciosa batida de coco preparada com vodca Ciroc. "Somos tradicionalmente uma casa de batidas. Meu pai começou com a de coco, que era chamada carinhosamente de coquinho. Depois começou a criar sabores que estão até hoje no cardápio", garante Rommel Cardozo.
Uma curiosidade de muita gente que entra no bar é o motivo de ter uma foto do seu Oswaldo na parede. Rommel explica: "Essa foto é de 1972, no Festival Brasileiro de Batidas, um campeonato muito importante na época. Para participar, a batida precisaria ser feita com cachaça, o que não era o caso, já que meu pai fazia com vodca. Só que os jurados gostaram tanto, mas tanto, que decidiram criar uma nova categoria exatamente por conta da bebida, e declararam como uma batida 'especialíssima'. Até hoje, a foto está na parede do bar", relembra o gestor.
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Variedade de cores e sabores
Fundado em 1946, o Bar do Oswaldo já foi frequentado por personalidades como Getúlio Vargas, Garrincha, Mussum, entre outros
Fundado em 1946, o Bar do Oswaldo já foi frequentado por personalidades como Getúlio Vargas, Garrincha, Mussum, entre outros DIVULGAÇÃO
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Na pandemia, as garrafas de batida (300 ml ou 900 ml) continuam fazendo sucesso. "As pessoas têm sentido saudade do sabor dos bares, mesmo em casa. Na lista das preferidas, a batida de coco é a mais pedida, seguida da de limão e da de maracujá", diz Rommel Cardozo.
São 16 sabores: açaí, amendoim, bombom, café-creme, caju, coco com abacaxi, coco, coco com maracujá, limão, maracujá, morango, pêssego, tangerina, uvinho, coco com Ciroc e a El Capitán (coco, amendoim e gengibre). O preço da dose vai de R$ 10 a R$ 20, e as garrafas custam entre R$ 22 e R$ 100, dependendo do sabor e do volume.
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"Em geral, o carioca gosta de beber, mas existem vários estilos. Uns preferem a bebida mais doce, leve, outros algo mais encorpado. Acho que a tendência para quem quer dar certo é atender os dois lados, com variedade de sabores", explica Rommel, que começou a trabalhar no bar com apenas 12 anos de idade. "Obviamente não podia mexer com álcool, então meu pai mandava eu cortar o limão", lembra
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