Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada  - Estefan Radovicz
Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada Estefan Radovicz
Por Thuany Dossares e Bruna Fantti
Rio - A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira, o ex-secretário estadual de educação, Pedro Fernandes. Ele foi um dos alvos da operação Catarata II, realizada no último dia 11, mas na ocasião estava diagnosticado com coronavírus e ficou sob prisão domiciliar. O mandado de prisão preventiva foi cumprido, na residência de Pedro, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

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Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada Estefan Radovicz
Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada Estefan Radovicz
Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada Estefan Radovicz
Pedro Fernandes chega na sede da Secretaria de Polícia Civil, no Centro do Rio, no banco de trás de uma viatura descaracterizada Estefan Radovicz
Secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, foi preso por denúncia a fatos ocorridos entre 2013 e 2018 Daniel Castelo Branco
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Pedro Fernandes é apontado pelo Ministério Público do Rio (MP/RJ) como o suposto chefe de uma organização criminosa que usaria a Fundação Leão XII para fraudar licitações em projetos sociais assistenciais e desviar dinheiro público. O grupo é visto pelo órgão de investigação como 'uma verdadeira máfia' que usava a fundação para receber vantagens financeiras indevidas através de pagamento de propinas e ganhos políticos.
Com as irregularidades, a organização criminosa firmou contratos de pregão superfaturados que ultrapassaram R$ 117 milhões, no período entre 2013 e 2018, segundo a denúncia do MP. Pedro Fernandes foi exonerado do cargo no dia 16 de setembro.
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A decisão da juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal, era a de que a prisão preventiva de Fernandes fosse cumprida assim que Pedro Fernandes testasse negativo para Covid-19. Inicialmente, a quarentena do suspeito terminaria no dia 20, mas, segundo seus advogados, nesta data, ele ainda estava doente.
Em nota, a defesa de Pedro Fernandes informa que avisou à juíza da 26ª Vara Criminal da necessidade de exames médicos complementares e que Pedro Fernandes não teve alta médica. "Isso quer dizer que ele ainda pode estar transmitindo a doença. Mesmo assim, houve a decisão de hoje que revoga a prisão domiciliar. Pedro Fernandes sempre esteve à disposição da Justiça e vai demonstrar sua inocência no curso do processo".
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Pedro foi encaminhado para a sede da Corregedoria da Polícia Civil, fez exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do Rio e, em seguida, chegou ao presídio de Benfica por volta de 12h.