Secretário de Estado de Transportes, Delmo Manoel Pinho, e os deputados André Ceciliano (PT), presidente da Alerj, a deputada Lucinha (PSDB) e o deputado Waldeck Carneiro (PT), em reunião nesta quarta-feira - Octacílio Barbosa/Divulgação
Secretário de Estado de Transportes, Delmo Manoel Pinho, e os deputados André Ceciliano (PT), presidente da Alerj, a deputada Lucinha (PSDB) e o deputado Waldeck Carneiro (PT), em reunião nesta quarta-feiraOctacílio Barbosa/Divulgação
Por O Dia
Rio -  A partir da próxima segunda-feira, passageiros de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, terão mais quatro trens disponibilizados pela SuperVia. A decisão reduz o tempo de espera do trem na estação de 18 minutos para 9 minutos. O acordo foi firmado entre o secretário de Estado de Transportes, Delmo Manoel Pinho, e os deputados André Ceciliano (PT), presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a deputada Lucinha (PSDB) e o deputado Waldeck Carneiro (PT), em reunião nesta quarta-feira.
“Serão dois trens saindo de Santa Cruz até a Central do Brasil, na parte da manhã, entre os horários de 6h e 7h, e dois trens saindo da Central do Brasil até Santa Cruz, entre os horários de 17h30 e 18h10. Dessa forma, vamos conseguir uma oferta boa de assentos, serão quase 6 mil assentos entre Campo Grande e Santa Cruz a mais para o usuário”, explicou o secretário.
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Para o presidente da Alerj, a medida atende de forma emergencial à necessidade da população, mas ainda precisa ser melhorada. “O que conseguimos fazer hoje é isso, mas entendemos que a necessidade da população é pela volta do trem expresso. Essa medida é paliativa, mas vai reduzir o tempo de espera do passageiro na estação. A Casa vai observar a eficiência dessa medida e faremos medições nos próximos 15 dias para verificar se a medida está atendendo à necessidade da população”, afirmou Ceciliano.
A deputada Lucinha lembrou que desde junho deste ano, quando o ramal de Santa Cruz deixou de fazer o serviço expresso, o tempo do trajeto passou de 1h10 para 1h49. “Pego esse trem todos os dias que venho para o Centro da cidade. Com o expresso deixávamos de passar em 34 estações e passávamos apenas por 16, é isso que queremos de volta. A população que está na ponta já voltou com a sua vida ao normal, mas ainda sofre com um serviço precário. Quem está pagando o pato é o trabalhador e isso não pode acontecer. Essa medida não vai resolver o problema”, argumentou.
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Em resposta, o secretário explicou que para retornar com o trem expresso seria necessário investir em sinalização e faixa. “Temos que fazer um cálculo para saber quanto de orçamento precisamos para essa obra, mas já adianto que não é barata. Essa não é uma solução que conseguimos aplicar no momento. Estamos trabalhando com um número muito reduzido de passageiros. Por dia, temos cerca de 323 mil, a metade do que transportávamos antes da pandemia. Por isso, conseguimos apresentar apenas essas soluções hoje”, justificou Delmo.
O secretário ainda alegou que o Rio está passando por uma crise econômica. “É só verificar a nossa arrecadação. Se não formos flexíveis, corremos o risco de perdemos o serviço. Para a Supervia se manter ela precisa de 450 mil passageiros usando os trens por dia. Ainda não temos esse número. Estamos desde a metade de março até hoje com a demanda altamente reduzida e demitindo pessoal”, concluiu.