Aos 77 anos, seu José Maria, do Pechincha, mantém uma rotina ativa graças às sessões de hemodiálise - Divulgação
Aos 77 anos, seu José Maria, do Pechincha, mantém uma rotina ativa graças às sessões de hemodiáliseDivulgação
Por Maria Clara Matturo*

Quem não sonha em viver uma boa velhice, aproveitar a terceira idade para descansar e ver a vida com outros olhos? E se fosse possível desfrutar de tudo isso mesmo com insuficiência renal crônica? De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença atinge entre 30% e 50% das pessoas com mais de 65 anos. Em homenagem ao Dia do Idoso, comemorado nesta quinta-feira (1º), seu José Maria, de 77 anos, quebra paradigmas e conta como mantém a vitalidade estando em tratamento.

Morador da Zona Oeste, mais especificamente do Pechincha, seu José faz diálise três vezes na semana, por quatro horas, há oito anos. Atualmente, ele segue à risca o tratamento multidisciplinar da Clínica de Doenças Renais (CDR) da Taquara e conta com apoio de médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. Ana Beatriz Barra, a nefrologista diretora médica da Fresenius Medical Care, responsável pelo tratamento do idoso, afirma que os bons hábitos são indispensáveis para uma boa velhice: "Quando os pacientes se mantêm ativos, o tratamento se torna muito mais eficaz".

Seu José, por sua vez, relatou a qualidade de vida que ainda o cerca: "Eu comia muita fritura e gordura, e muito sal também. Quando vi, meus rins já não funcionavam mais. Hoje, o que salva a minha vida e me mantém saudável é a hemodiálise. Não falto a uma sessão sequer. Gosto de viajar uma vez por ano para ver minha família em Brasília e lá faço o tratamento também, e assim me mantenho um idoso jovem! Meu violão e também os programas de televisão de MMA e jornais policiais que adoro me distraem".

Para garantir uma boa velhice, a assistente social Aline Aparecida finaliza com os benefícios do tratamento: "O idoso que recebe cuidados amplos nos mais variados aspectos têm uma sobrevida maior. Tomar remédios certos e nas doses e horas corretas, orientação para se alimentar bem, estímulo para se movimentar, se sentir querido e bem relacionado, manter amigos. Por isso, em nossas clínicas, é comum ver idosos felizes, sorridentes. É porque eles são vistos e orientados permanentemente. Fazemos um cuidado intensivo com eles. Transformamos vidas e isso faz muita diferença para eles".

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