Parentes iniciaram buscas após receberem fotos de modelo catando latinha em praia do Rio
Eloisa Fontes já havia passado por duas internações psiquiátricas no Rio este ano
Rio - A modelo Eloisa Fontes não estava desaparecida há um ano. Familiares mantinham contato com a modelo internacional que já havia passado por duas internações psiquiátricas neste ano. O caso da jovem de 26 anos ganhou repercussão depois que ela foi encontrada por agentes do Segurança Presente na terça-feira no Morro do Cantagalo, Zona Sul do Rio. Francisco de Assis é o único conhecido da família na cidade do Rio. Ele é o responsável pela internação de Eloísa no Instituto Philippe Pinel.
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A mãe de Eloísa mora na cidade de Piranhas, no sertão de Alagoas. Ela acionou Francisco no último fim de semana, depois que recebeu fotos e áudios que mostravam a filha em situação de vulnerabilidade, com catadores de latinha em uma praia do Rio. Eloisa sofre de transtorno de bipolaridade e problemas com consumo de drogas. "Sempre que foge, ela acaba colando com pessoas que ficam nas praias, que catam latinhas. Uma dessas pessoas mandou foto e áudio para a mãe dela. Falando que ela estava na rua", conta Francisco.
Francisco foi procurado pelo cunhado de Eloísa no início de agosto com um pedido de ajuda. O amigo pedia que o comandante maritmo recebesse a mãe da modelo no Rio, que passava por problemas psiquiátricos. Era a primeira vez que Eloisa havia sido internada, após ter sido encontrada pelo namorado desnorteada na Favela do Jacarezinho no fim de julho. Ela passou uma semana no Hospital Jurandyr Manfredini, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.
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Após receber alta, a mãe e a modelo estavam com a passagem comprada para Uberlândia, Minas Gerais, onde vivem parentes. Na véspera da viagem, Eloisa se hospedou na casa de Francisco e durante a madrugada entrou em surto. Os vizinhos chegaram a chamar a polícia, achando que se tratava de um assalto. "Ela veio aqui, jantou, tomou banho. Na madrugada, causou tumulto, gritou que queria ir embora. Veio polícia. A gente explicou a situação e mostrou a alta médica", conta o conhecido da família, que é comandante marítmo e mora em Copacabana.
No dia do voo, no entanto, Eloisa fugiu do Aeroporto Santos Dumont correndo pelo Aterro do Flamengo. Ela foi contida por guardas municipais na Glória. A esposa de Francisco e a mãe da modelo conseguiram colocá-la no carro e a jovem ficou 20 dias internada no Pinel.
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Com alta no dia 11 de setembro, mãe e filha foram para Uberlândia, desta vez de ônibus. No período, Eloisa ficou estabilizada, com alguns episódios de surto. No fim de semana passado, a mãe ligou abalada dizendo a modelo havia fugido e foi encontrada catando latinha na praia. Francisco e a esposa acionaram as autoridades e na terça-feira foram informados pela assistente social do Segurança Presente sobre seu paradeiro.