Cláudio Castro, governador em exercício - Reginaldo Pimenta
Cláudio Castro, governador em exercícioReginaldo Pimenta
Por Yuri Eiras
Rio - A Polícia Civil investiga o caso de estupro coletivo de uma adolescente de 14 anos no Morro do Cantagalo, em Ipanema, Zona Sul do Rio. O episódio aconteceu no dia 27 de setembro, mas foi registrado no dia 4 de outubro. Cinco jovens acusados já foram identificados pela polícia - dois deles são menores de idade. Na manhã desta sexta-feira, durante uma coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, o governador em exercício Cláudio Castro se pronunciou sobre o caso e reforçou a intolerância do Estado com estupradores.
"Não vamos tolerar estupro. Combateremos diariamente todos os criminosos. Porque são criminosos. Já tinha feito essa cobrança ontem. Quero uma investigação dura e criteriosa. Se não se entregarem, vamos lá dentro buscá-los. Ontem eu já tinha ficado alarmado com os dados do 190 (sobre violência contra a mulher). O governo do estado não terá leniência com agressor, estuprador", disse Cláudio Castro.
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O caso foi registrado na 13ª DP (Ipanema). Procurado pelo DIA, Felipe Santoro, delegado titular, afirmou que não irá comentar o caso para preservar a intimidade da vítima.
Entenda o caso
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A menina, moradora do Cantagalo, saiu de casa na noite do dia 26 e foi encontrada desacordada por vizinhos na manhã seguinte, com sinais de fraqueza e violência sexual. Ela foi levada para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde foi constatado o estupro, cometido por cinco jovens, dois deles menores de idade, que moram também moram na comunidade. De acordo com os depoimentos, o bando se aproveitou após a adolescente ingerir bebida alcoólica. 
Segundo uma vizinha da família, que também é mãe de uma testemunha, todos os envolvidos se conheciam. "Conheço a menina desde pequena. É mais ou menos da idade da minha filha. A educação dela é uma educação cristã, assim como a família toda. Também conheço os meninos, as famílias de todos eles. Todos nos conhecemos, moramos no mesmo lugar", disse ela, que nega ter ocorrido um baile na comunidade.
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"Não era baile funk, nem festa. Até onde eu sei, eles estavam todos reunidos na ladeira principal com caixinhas de som. Era uma noite de calor".