Operação desarticula quadrilha especializada em furto de combustível da Petrobras na Baixada
Às 8h, seis pessoas haviam sido presas. A polícia cumpre ao todo sete mandados de prisão. Segundo o delegado André Leiras, um dos criminosos chegou a fazer a própria família refém durante a prisão. Mas, os agentes contornaram a situação e ele foi detido
Por O Dia
Rio - Policiais Civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) deflagram nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira a "Operação Baú" para cumprir sete mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa especializada em furto de combustíveis diretamente de dutos da Petrobras atuante em municípios da Baixada Fluminense.
Ao todo, seis pessoas foram presas. O delegado responsável, André Eiras, disse que as investigações continuarão para prender o sétimo suspeito de participar da quadrilha, que está foragido. O titular da DDSD também informou que um desdobramento da operação de hoje investigará o mercado de recepção de combustível furtado.
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Criminosos usavam isotanques adaptados instalados dentro de caminhões do tipo baú para disfarçar o produto furtado e enganar a fiscalização durante o transporte
Divulgação
Polícia cumpre sete mandados contra suspeitos de integrarem quadrilha de furto de combustível da Petrobras
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Polícia cumpre sete mandados contra suspeitos de integrarem quadrilha de furto de combustível da Petrobras
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Polícia cumpre sete mandados contra suspeitos de integrarem quadrilha de furto de combustível da Petrobras
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Suspeito de participar de quadrilha que furtava combustível da Petrobras foi preso em Búzios, na Região dos Lagos
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Suspeito de participar de quadrilha que furtava combustível da Petrobras foi preso em Búzios, na Região dos Lagos
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Rubão, preso em Itaguaí suspeito de participar de quadrilho que furtava combustível da Petrobras
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
José Jorge de Souza Ramada chega à Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Policiais deixam o sítio onde José Jorge de Souza Ramada foi preso em Japeri
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
José Jorge de Souza Ramada foi preso em Japeri, na Baixada Fluminense na manhã desta quarta-feira
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Operação contra roubo de combustível cumpre sete mandados de prisão
Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Entre os presos, um homem também foi autuado em flagrante por sequestro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo. Ao ser abordado pelos agentes para o cumprimento do mandado de prisão, ele fugiu para uma casa próxima e fez uma família refém, mas acabou capturado.
José Jorge de Souza Ramada foi preso em Japeri, na Baixada Fluminense na manhã desta quarta-feira.
A operação - batizada de Baú - recebeu o nome em razão da inovação utilizada pelos criminosos, que em vez de transportar os combustíveis furtados em caminhões tanque, utilizavam-se de isotanques adaptados instalados no interior de caminhões do tipo baú, buscando dissimular o produto furtado, ludibriando fiscalizações durante o seu transporte.
Polícia deixa sítio em Japeri, onde prendeu suspeito de furto de combustível. Ao fundo é possível ver um tanque da Petrobras.
O delegado responsável pela investigação diz que a organização criminosa era bem delineada tanto na liderança, quanto no papel que cada membro exercia. "Uns eram responsáveis pela execução do furo, da escavação, outros eram responsáveis pelo armazenamento, pela direção do caminhão, outros por fazer a função de batedor", explica André Eiras na Cidade da Polícia.
Durante as investigações da DDSD, chamou a atenção dos policiais a utilização de armas de fogo pelos criminosos, com o intuito de garantir a integridade dos mesmos durante a perfuração de dutos da Petrobras, além de batedores, que vinham a frente do caminhão baú com os combustíveis furtados, para avisar aos demais integrantes da organização criminosa sobre a presença de policiais na estrada.
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O delegado conidera que a quadrilha foi desarticulada e diz que as investigações continuarão para prender o sétimo suspeito, que está foragido. André Eiras também disse que a DDSD vai desdobrar a investigação para identificar os compradores deste combustível. "Há um mercado muito grande que recepta este tipo de combustível furtado", comenta.
Cinco dos presos da Operação Baú foram detidos na Baixada Fluminense e um deles, em Búzios, na Região dos Lagos. O crime do desvio de petróleo era realizado em Japeri, explica o delegado. " O crime aconteceu de fato em Japeri. Eles estavam pulverizados. O setor de inteligência fez um levantamento prévio e conseguiu prender cada um em seu endereço", diz.
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O prejuízo estimado causado pela organização criminosa chega a R$ 1 milhão, somente com combustíveis subtraídos. Soma-se a isso incomensuráveis prejuízos ambientais, como derramamento de petróleo no solo e riscos de explosão, colocando em risco de morte um grande número de pessoas; além de graves problemas operacionais, como a paralisação do fluxo de transporte de combustível e a necessidade de realização de obras para recomposição dos dutos perfurados.
Entre os presos, um homem também foi autuado em flagrante por sequestro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo. Ao ser abordado pelos agentes para o cumprimento do mandado de prisão, ele fugiu para uma casa próxima e fez uma família refém, mas acabou capturado.