Preso em operação contra o Comando Vermelho, na Cidade Polícia  - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Preso em operação contra o Comando Vermelho, na Cidade Polícia Estefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Cinco pessoas foram presas em uma ação, nesta quinta-feira, contra um esquema que lavou R$ 20 milhões durante três anos para a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. A Operação Link tinha como objetivo cumprir oito mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A operação foi deflagrada deflagrada pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Dcod-LD) e contou com o apoio dos Departamentos de Polícia Especializada; de Polícia do Interior e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), além das polícias civis de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
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Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 12 milhões nas contas de suspeitos e o sequestro de bens. "A operação foi um ataque ao patrimônio do Comando Vermelho. Essa ação foi muito importante", avaliou o delegado Leonardo Borges, responsável pelas investigações e titular da Dcod-LD. 
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O esquema criminoso
Segundo as investigações da especializada, moradores, de áreas dominadas pela facção, eram obrigados a depositar dinheiro em contas de passagem de cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, em um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento pela remessa de drogas e armas para o grupo criminoso do Rio.
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A Polícia Civil identificou a participação de moradores de comunidades de Japeri, na Baixada Fluminense; São Gonçalo, na Região Metropolitana; Cabo Frio, na Região dos Lagos; e Volta Redonda, no Sul Fluminense. Os depósitos eram feitos em pequenas quantias, no entanto, somavam no fim um valor alto incompatível ao perfil econômico dos depositantes. 
Um dos principais alvos da operação era um comerciante de São Paulo que movimentou mais de R$ 6 milhões em depósitos fracionados que vieram dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
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"A gente percebeu que esses recursos eram depositados por pessoas que não tinham um perfil econômico para justificar essas quantias. Eram pessoas que até receberam auxílio emergencial do governo federal.", comentou o delegado. Já o dinheiro, de acordo com as investigações, era lavado por empresas de fachada.
 
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