Debutantes em Campo Grande - Divulgação/Elomir Cardoso
Debutantes em Campo GrandeDivulgação/Elomir Cardoso
Por O Dia

Sorrir com amor para o reflexo no espelho é o sonho de muitas meninas, que querem sentir o calor do amor próprio. Para 15 adolescentes carentes de 15 anos, a autoestima e a vontade de sonhar e ultrapassar obstáculos podem ser impulsionadas por um dia de princesa em um elegante baile de debutantes, amanhã, em Campo Grande, na Zona Oeste.

As quinze meninas vão aproveitar o evento com tudo que têm direito - vestido de gala, book fotográfico, bolo de vários andares e até príncipes e cadetes para a dança. O evento, produzido pela casa de festas Palace Hall, pela Belíssimas Noivas e pelo Projeto Pão da Vida, pretende receber 200 pessoas, respeitando todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como redução da capacidade, uso obrigatório de máscaras e higienização constante de máscara. 

Na hora de descobrirem que foram escolhidas, as jovens não hesitaram em chorar, se emocionar e, principalmente, terem a sensação de um sonho realizado. "Eu sempre quis ter uma festa de 15 anos, só que meus pais estavam discordando sobre o que fazer. Eu estou muito feliz porque é um sonho se realizando", comenta Camila da Silva, moradora de Nova Iguaçu.

A emoção chega, também, para quem está ajudando a organizar. O padrinho das debutantes, o ator Thiago Thomé, ficou lisonjeado com o convite, e está feliz de fazer parte desse momento inesquecível. "Cantar e ser padrinho dessas debutantes, me faz praticar isso, o amor, fazer diferença de alguma forma, ajudando na autoestima dessas princesas. Na verdade, eu que estou ganhando um presente", conta. Como madrinha, as meninas terão a estudante de psicologia Manoella Jordão, de 25 anos, nascida com um distúrbio raro caracterizado por lesão facial e pela dificuldade de crescimento de cabelos e pelos.  

Madrinha prá lá de especial
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Madrinha e 16ª princesa do baile de debutantes, Manoella Jordão nasceu com a síndrome de Rotmund Thomson (SRT) e, desde nova, enfrenta dificuldades como anormalidades no corpo, predisposição ao câncer e deficiência visual. Apesar das adversidades, nunca desistiu da sua felicidade, e sempre lutou contra o preconceito e o despreparo de instituições de ensino em recebê-la.
"As pessoas ainda se assustam com minha aparência, não entendem o que aconteceu comigo. Eu não enxergo, mas vejo, sinto a vida nas minhas veias e respiração. Tenho padrões diferentes, mas estou aqui. Eu me entristeço, mas estou viva. Isso é uma dádiva. Em vez de me lamentar? Buscar realizar meus sonhos e se possível fazer diferença", diz Manoella. 
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