MPRJ pede prisão de promotor suspeito de oferecer propina a desembargador para soltar miliciano
Segundo denúncia, Horácio teria oferecido R$ 190 mil em troca da libertação de Nenzinho
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu a prisão do promotor Horácio Afonso de Figueiredo da Fonseca. Ele é suspeito de oferecer R$ 190 mil ao desembargador Marcos Chut em troca da libertação de Adalberto Ferreira de Menezes, o Nenzinho, que seria um dos aliados do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko.
Além dele, também foram denunciados a advogada Kelly Michelly de Oliveira Maia, namorada do promotor, e o administrador Marcus Vinicius Pinto Chaves.
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De acordo com a denúncia, Horácio e Marcus Vinicius foram até a casa do magistrado e ofereceram a quantia para suborno. Na residência do desembargador, o promotor contou que um cliente do escritório de advocacia da namorada dele estava preso.
Ainda segundo a denúncia do MPRJ, o promotor disse que o plantão do desembargador aconteceria no dia seguinte e que a advogada "ingressaria com um pedido de habeas corpus em favor do preso, afirmando que só teria R$ 190 mil para resolver o problema".
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Ao entender a proposta, o desembargador fez reclamação formal ao MPRJ sobre o episódio. A instituição que o promotor fez 17 consultas no site do Tribunal de Justiça para acompanhar a situação do processo criminal do miliciano.
Horácio é promotor da Vara Criminal de Bangu, na Zona Oeste do Rio. O MPRJ pediu a prisão dele e o afastamento das funções.
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