Painel Segurança Publica - Com a presença de Allan Turnowski, Secretário Estadual da Polícia Civil, Marcio Garcia, Comissário de Polícia (de cavanhaque)e o Eduardo Rebuzzi, Presidente Fetranscarga RJ ( de cabelos brancos). - Daniel Castelo Branco
Painel Segurança Publica - Com a presença de Allan Turnowski, Secretário Estadual da Polícia Civil, Marcio Garcia, Comissário de Polícia (de cavanhaque)e o Eduardo Rebuzzi, Presidente Fetranscarga RJ ( de cabelos brancos).Daniel Castelo Branco
Por Anderson Justino

O roubo de cargas deixou de ser uma simples modalidade e passou a afetar diversos setores da economia. Por muito tempo, esse tipo de criminalidade passou a fazer parte dos lucros dos grupos criminosos que atuam dentro do Rio de Janeiro. Quando se rouba uma carga, deixa de existir os investimentos em regiões mais necessitadas. O crescimento acelerado no comércio ilegal é um dos primeiros reflexos. O exemplo foi citado ontem no último dia do ciclo de debate do Movimento Rio em Frente, em sua segunda edição do evento, que é realizado pelo grupo O DIA, em parceria com a Fecomércio RJ.

A segurança pública foi o tema abordado pelos debatedores. "O combate ao roubo de cargas é primordial para o bom andamento do comércio legal. Nosso objetivo é levar consciência à população, através de uma campanha educativa, sobre as consequências e riscos de estimular e financiar o mercado ilegal", frisou Antônio Florêncio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ.

Entre os convidados, o secretário estadual de Polícia Civil, o delegado Allan Turnoswski, o comissário de polícia Marcio Garcia e o presidente da Federaçao do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o evento deste ano não teve a presença da plateia. A jornalista Thuany Dossares, do núcleo de jornalismo investigativo do jornal O DIA, foi quem conduziu o debate.

Para o secretário de Polícia Civil, é preciso planejar para combater. "Combater qualquer tipo de criminalidade, principalmente os pequenos delitos, faz parte de planejamentos. Várias cidades nos Estados Unidos conseguiram combater esses crimes. Antes havia um número exagerado dentro do estado. De 2018 pra cá, esses números foram reduzindo", explicou o secretário.

"Seria uma boa atitude dos legisladores o reforço de leis mais rigorosas para os receptadores. Essa informalidade passa por um problema muito maior. Quem faz receptação desses produtos, precisa entender que também está cometendo um crime", reforça o comissário Mario Garcia.

Eduardo Rebuzzi destaca que o roubo de cargas vai além dos produtos ou veículos que são extraviados. "O roubo de cargas não é um problema exclusivo do Brasil. Infelizmente no Rio, o destaque é muito maior. Quando os criminosos cometem o crime, eles acreditam que levam apenas o material roubado. Na verdade, isso afeta vários setores. Quando se rouba uma carga, se está roubando um investimento que poderia ir para sua região", conclui.  

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